Logo Exame.com
Empresas

Plurix, do Patria, compra rede de supermercados Amigão e chega a R$ 10 bi de faturamento

Com 65 lojas, rede de supermercados tem faturamento estimado em R$ 4 bilhões e é a terceira maior do Paraná

Amigão: nova empresa da Plurix tem 65 lojas e é uma das três maiores do Paraná (Reprodução/ Amigão/Site Exame)
Amigão: nova empresa da Plurix tem 65 lojas e é uma das três maiores do Paraná (Reprodução/ Amigão/Site Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de junho de 2024 às 14:47.

Última atualização em 4 de junho de 2024 às 14:49.

A Plurix, do Patria Investimentos, anunciou nesta terça-feira, 04, a compra do Grupo Amigão, uma rede de supermercados com 65 lojas nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. De origem paranaense, a rede está entre as três maiores do estado.

O valor não foi divulgado, mas, com faturamento estimado de R$ 4 bilhões, essa é uma das maiores aquisições da companhia criada em 2020 pela gestora ao identificar a oportunidade de consolidar um setor extremamente pulverizado. Em geral, as aquisições da Plurix eram de redes com cerca de 5 a 6 lojas.

Nos últimos dias, o setor de varejo alimentar protagonizou o noticiário de M&As, com a aquisição do controle da Novo Atacarejo pelo Grupo Mateus e a venda da operação brasileira do Dia para um veículo administrado pela MAM Asset Management, do Banco Master.

Após aquisição, a Plurix passa a ter receita anual acima de R$ 10 bilhões e 18 mil funcionários em 170 lojas em cidades do interior.

“Líderes de mercado não somam mais de 10% ou 15% do setor supermercadista e há uma carência de oferta de qualidade no setor”, diz Jorge Faiçal, CEO da Plurix e executivo experiente no setor. Antes da holding de supermercados, Faiçal foi CEO do GPA, dono do Pão de Açúcar.

A rede Amigão foi a 12ª negociação da Plurix, que compra o controle das companhias e as mantém como unidades de negócio independentes. Até então, uma das maiores aquisições tinha sido a rede Avenida, do interior de São Paulo, com 21 lojas, por um múltiplo de 0,4x o faturamento, segundo o BTG Pactual (do  mesmo grupo de controle da Exame). Dois anos depois, a rede tem quase 40 lojas.

A lógica da Plurix passa pelo aumento de rentabilidade por meio da capacidade de negociação conjunta das redes com fornecedores, investimentos em tecnologia e e-commerce e melhora de governança, dado que muitas das companhias são familiares. Entre as estratégias, pontua Faiçal, está justamente a expansão de lojas, com parte dos recursos da aquisição sendo dedicados à desalavancagem das empresas para dar maior capacidade de investimentos.

A Plurix é a principal tese de investimentos do fundo VI do Patria. A gestora também comprou por R$ 1 bilhão a rede baiana Atakarejo, um dos principais investimentos do fundo VII. “É uma tese bastante recente, mas que vem muito dentro da fórmula do Patria de consolidar setores resilientes, fragmentados e que têm espaço para trazer melhorias operacionais”, argumenta Pedro Faria,  o ex-Tarpon que é sócio do Pátria.

Marcos Ambrosano, que já liderou o Makro e o Sam's Club, também cuida hoje dos investimentos de varejo do Pátria.

A ideia, diz ele, é aportar recursos para aparecer no ranking dos maiores varejistas regionais. “Traduzir isso em uma execução que capture prêmios e margens maiores para fazer a abertura de capital em mais alguns anos.”

A operação ainda precisa da aprovação do Cade.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

Continua após a publicidade
Dejà vu: JBS bate (de novo) o consenso, puxada por Seara

Dejà vu: JBS bate (de novo) o consenso, puxada por Seara

Stone bate consenso, com avanço de 20% no TPV e take rate recorde

Stone bate consenso, com avanço de 20% no TPV e take rate recorde