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Mais uma fusão para o ano dos mega M&As do petróleo

Britânica Harbour Energy paga US$ 11,2 bilhões por ativos da Wintershell Dea, controlada pela Basf

ExxonMobil: ESG ficou para trás? (Nick Oxford/File Photo/Reuters)
ExxonMobil: ESG ficou para trás? (Nick Oxford/File Photo/Reuters)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 11:13.

O ano da consolidação no setor de petróleo ganhou mais um mega deal. A britânica Harbour Energy está pagando US$ 11,2 bilhões por ativos de exploração e produção da Wintershall Dea, uma petroleira controlada pela alemã Basf e que atua em diversos países da Europa, América Latina e África.  

O negócio vai criar uma das maiores companhias independentes de óleo e gás do mundo, com alta diversificação geográfica. A compra coloca nas mãos da britânica operações em países Noruega, Alemanha, Dinamarca, Argentina, México, Egipto, Líbia e Argélia. E garante também licenças de captura e armazenamento de dióxido de carbono – considerada a fronteira do setor na expansão com menor pegada ambiental – na Europa. 

“O anúncio de hoje marca a quarta grande aquisição da Harbour e o passo mais transformacional até agora na nossa jornada para construir uma empresa independente de petróleo e gás de grande escala, geograficamente diversificada e posicionada de forma única”, disse a CEO, Linda Cook. 

O pagamento vai ser feito em dinheiro e em ações da Harbour. A Basf, que hoje tem pouco mais de 70% da Wintershall vai ficar com 46,5% das ações da britânica, enquanto o fundo LetterOne, que também é seu acionista relevante, terá outros 8%.

Considerando os números do primeiro semestre deste ano, o negócio combinado teria receita pró-forma de US$ 5,1 bilhões.

A transação é apenas a última de uma série de grande consolidação no setor de óleo e gás no mundo. Neste ano, a Chevron desembolsou US$ 53 bilhões pela Hess e a Exxon Mobil vai pagar US$ 60 bilhões pela Pioneer Natural Resources. No começo deste mês, houve ainda o acordo de US$ 10,8 bilhões entre a Occidental Petroleum e a CrownRock.  

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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