14 de abril de 2025 às 15:58
A ampliação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) é uma ótima notícia para a classe média que quer funding mais barato para comprar imóveis – e, claro, para as incorporadoras voltadas para a baixa renda.
Em especial, para Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3), na avaliação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).
Mas a grande questão para os investidores que miram essas empresas é: o Fundo Social, que serviu de fonte adicional de recursos para a criação da nova faixa 4, com a liberação de R$ 18 bilhões, tem potencial para sustentá-la no longo prazo?
Em relatório, os analistas do banco se debruçaram sobre a estrutura do fundo e estão seguros de que sim, os fluxos de entrada significativos no Fundo Social nos próximos anos sugerem que pode ser uma fonte de financiamento recorrente para o MCMV.
Nas contas do BTG, as estimativas de entradas para o Fundo Social são de R$ 24 bilhões em 2025 e R$ 31 bilhões em 2026. E mais: os economistas veem potencial de pico de aproximadamente R$ 100 bilhões por ano, quando a produção de petróleo do pré-sal atingir a maturidade em 2030.
“As entradas nos próximos anos devem ser cinco vezes maiores do que a injeção recentemente anunciada pelo programa MCMV para a criação da nova faixa, o que sugere que essa medida é sustentável, e poderia até ser ampliada se for bem sucedida e do interesse do governo", afirmam.
E eles não descartam a possibilidade de ampliação, sobretudo considerando que o governo atual está firmemente comprometido com o programa habitacional.