Mercado Imobiliário

Como esta empresa aproveita os terrenos que não foram conquistados pelas grandes incorporadoras

Letícia Furlan

21 de janeiro de 2025 às 14:36

Fernando Frazão/Agência Brasil

Em 2020, a última casa na orla do Leblon, o bairro mais caro do Brasil, foi vendida e virou um pequeno prédio de alto padrão.

A construção, espremida entre dois prédios, não esbanjava luxo. O terreno tinha 326 metros quadrados e pertencia a uma proprietária que, em 2011, dizia que não venderia sua casa por "dinheiro nenhum".

O que aconteceu no Rio de Janeiro se reflete em outros tantos bairros espalhados pelo Brasil que sofrem o efeito da expansão do mercado imobiliário.

Ao sobrar apenas uma única casa cercada por inúmeros edifícios, o espaço deixa de poder ser aproveitado por incorporadoras que planejam construir verdadeiros conglomerados urbanos.

Bioma/Divulgação/

Também pensando nisso que a Bioma, que se propõe ser uma incorporadora de nicho, entendeu como entrar no concorrido mercado imobiliário de São Paulo.

Bioma/Divulgação/

Os projetos, todos chamados CASA VERTICAL, estão localizados na Zona Oeste de São Paulo, nos bairros da Vila Madalena, Perdizes e Alto da Lapa, e são assinados pelo escritório de arquitetura Perkins & Will.

Bioma/Divulgação/

O tamanho dos apartamentos varia entre 60 até 240 metros quadrados. Eles estão implantados em terrenos pequenos, que não passam de 900 metros quadrados. Os apartamentos variam de 700 mil a 5 milhões de reais.

Marcelo Yazaki, sócio da Bioma, afirma que, por se tratarem de terrenos pequenos, a negociação costuma ser mais tranquila.

Para o projeto, a Bioma consegue aproveitar terrenos de até 500 metros quadrados. Para efeito de comparação, uma grande construtora costuma utilizar um terreno com no mínimo 2 mil a 3 mil metros quadrados em bairros menos nobres.

Henrique De Geroni, também sócio da empresa, afirma que seria possível aproveitar terrenos até menores caso as regras de ocupação do solo não fossem tão rígidas.

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