13 de janeiro de 2025 às 10:48
O chamado movimento anti-woke (reação conservadora que se opõe a inciativas para ampliação da representatividade corporativa de grupos minorizados) parece ter ganhado um novo protagonista.
Trata-se de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que em menos de duas semanas eliminou a checagem de fatos em suas plataformas, anunciou uma doação para Trump e encerra todos os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) da empresa.
A série de medidas, que inclui ainda a promoção de executivos alinhados ao Partido Republicano, sinaliza uma guinada significativa da maior empresa de redes sociais do mundo em direção a posições tradicionalmente defendidas por correntes políticas conservadoras.
Embora soprando mais forte no Vale do Silício, o vento do movimento de redução dos programas de DE&I ultrapassou suas fronteiras e alcança diversos setores da economia americana.
Gigantes do varejo como Walmart, do setor automobilístico como Ford, do fast-food como McDonald's e do setor agrícola como John Deere, estão reduzindo suas iniciativas de diversidade.
Especialistas apontam que a decisão histórica da Suprema Corte em 2023 contra ações afirmativas baseadas em raça nas universidades americanas criou um precedente que agora reverbera no mundo corporativo.
O momento atual representa um dramático retrocesso nas iniciativas corporativas adotadas após os protestos de 2020, desencadeados pelo assassinato de George Floyd.
Para observadores do mercado global, o momento americano pode representar o início de uma nova era, onde o envolvimento privado em questões sociais será mais cauteloso e pragmático.