ESG

Nova iniciativa pode destravar mercado de carbono regulado no Brasil

Sofia Schuck

17 de fevereiro de 2025 às 12:22

null/

O fim de 2024 foi marcado pela conquista da tão esperada aprovação do mercado de carbono regulado pelo Senado brasileiro, o que já estava em discussão há pelo menos 10 anos.

Kadek Bonit Permadi/Getty Images

Ainda com muitas indefinições sobre mecanismos e instrumentos, a estimativa é que este comece a comercializar créditos apenas em 2030.

Agency/Getty Images

Até lá, as expectativas são altas: o setor pode atingir um valor de US$ 50 bilhões até o final da década e o Brasil pode ter posição de liderança pela sua abundância em soluções verdes, segundo a consultoria McKinsey. 

iStock/Reprodução

Pensando em alavancar e destravar aspectos da lei, uma iniciativa fruto da parceria do ICC Brasil e da WayCarbon trabalha desde 2023 para coletar e fornecer subsídios técnicos ao governo federal na elaboração dos próximos passos, por meio da análise do mercado nacional.

John Khuansuwan/Freepik

Com financiamento da UK PACT Brasil, o primeiro relatório foi lançado e aponta caminhos para a utilização de créditos de carbono, além de garantir a adoção de padrões robustos e alinhados com as melhores práticas internacionais.

FG Trade/Getty Images

Entre as principais recomendações do relatório, estão a definição de critérios rigorosos para a aceitação de créditos de carbono no Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), priorizando projetos nacionais e setores estratégicos.

Raimundo Paccó/Divulgação

Neste sentido, uma das recomendações em destaque é a inclusão de créditos compensatórios offsets (de origem no mercado voluntário por meio de projetos de baixo carbono como reflorestamento) dentro do regulado.

Divulgação/Divulgação

Henrique Pereira, COO da WayCarbon, complementa que o documento faz uma avaliação de outros mercados internacionais com o olhar de integridade, entendendo quais projetos são considerados mais robustos e relevantes.

//Thinkstock

O documento analisou os sistemas de comércio adotados na China, Coreia do Sul e Califórnia (EUA) e destaca que há hoje em torno de 30 mercados de carbono regulados no mundo.

null/

O estudo também enfatiza a necessidade de um engajamento contínuo entre governo, setor privado e sociedade civil para o sucesso da regulamentação do mercado de carbono.

Leia mais em EXAME ESG