26 de março de 2025 às 14:59
Disciplina, integridade, perseverança, autocontrole e espírito indomável: estas são as cinco lições que Mariana Orsini aprendeu nas artes marciais e moldam sua liderança à frente da Dow Brasil.
Apaixonada por esportes, ela conta que o taekwondo é uma filosofia de vida e formou a resiliência necessária para comandar a companhia em um setor bastante desafiador.
Hoje, a executiva ocupa um cargo equivalente ao de uma presidente da subsidiária no Brasil e é também Diretora de Relações Governamentais para a América Latina.
Aos 41 anos, mãe de duas meninas e primeira mulher no comando da operação brasileira da gigante química, ela cultiva um paradoxo profissional: ascendeu ao topo corporativo sem nunca ter tido um plano estruturado de carreira.
"Fui identificando quais eram os temas e os espaços que precisavam ser ocupados, com uma certeza: sempre quis ser útil. Minha motivação diária é buscar sempre o meu melhor", contou em entrevista à EXAME, na série especial trajetórias femininas, lançada neste mês de março.
Há 13 anos na empresa -- dos quais os últimos seis foram à frente das Relações Governamentais para a América Latina antes de assumir o cargo mais alto em agosto de 2024 -- Mariana contou que sua grande missão é ser uma construtora de pontes rumo a um futuro mais sustentável.
Paulista e formada em Relações Internacionais, começou como estagiária no governo de São Paulo, passou pela prefeitura e, em 2011, ingressou na Dow – onde descobriu seu talento para construir este elo entre setores antagônicos
Quando ingressou na companhia, ela conta que foi movida pela oportunidade de fazer a ponte entre o setor público e privado: "Era algo que eu já sabia ser vital", destacou. E continua com a mesma visão para liderar a transformação sustentável da indústria.
Na vanguardal, Mariana lidera a implementação local das metas globais de descarbonização da Dow. Entre elas, está ser carbono neutro até 2050, com redução de 30% nas emissões e ter 100% de produtos recicláveis ou reutilizáveis até 2035.<br />
E a líder vai além do discurso: transformou suas lições pessoais em políticas corporativas. Na Dow, implementou horários flexíveis, home office estruturado e programas de mentoria para mães.