ESG

Josimara Baré, a indígena e gestora de fundos

Letícia Ozório

27 de março de 2025 às 20:20

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Filha de uma liderança indígena forte da região do Rio Negro, Josimara Baré cresceu entre dois mundos: sua comunidade, na Terra Indígena Cue Cue Marabitana, e a cidade.

“Desde cedo, vivi essa dualidade, entendendo a importância de preservar nossas tradições enquanto me adaptava aos desafios do mundo urbano”, explica.

Kevin Schafer/Getty Images

Numa trajetória ainda incomum entre índigenas, a jovem estudou Administração na Universidade do Estado do Amazonas, se tornando assim, uma das primeiras mulheres da sua família a concluir o ensino superior.

Valter Campanato/Agência Brasil

Foi em 2021, quando começou a trabalhar com um projeto pioneiro de financiamento Fundo Indígena do Rio Negro, que teve o primeiro contato com a experiência que começaria a moldar seu caminho para a liderança.

Andressa Anholete/Getty Images

Anos depois, no segundo semestre de 2024, surgia a oportunidade de assumir a liderança do Fundo Indígena Rutî, vinculado ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), organização com mais de 50 anos de atuação na luta pelos direitos dos povos tradicionais do Estado.

Josimara explica que ao aceitar sentiu que assumia também um processo de resgate de direitos históricos. “A união entre técnica, tradição e sensibilidade nos permite criar estratégias únicas para o fortalecimento do movimento", conta.

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Ainda em fase piloto, o Fundo deve apoiar 25 projetos neste ano, com um investimento inicial de R$ 2,275 milhões. “Nosso objetivo é que, no futuro, cada vez mais comunidades possam prosperar e ter autonomia financeira e de gestão de seus territórios”, explica a administradora.

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