21 de novembro de 2024 às 17:51
Famílias correndo para salvar suas vidas antes do próximo furacão, destruição da biodiversidade, trabalhadores desmaiando em um calor insuportável, inundações devastando comunidades, crianças dormindo com fome devido à seca.
2024 já é o ano mais quente da história e todos esses desastres estão sendo potencializados pelas mudanças climáticas causadas pelo homem, levando o mundo neste ano a "uma aula de destruição climática", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
"O som que vocês ouvem é o tique-taque do relógio. Estamos na contagem regressiva final para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius. E o tempo não está ao nosso favor", destacou aos líderes.
Segundo Guterres, nenhum país é poupado dos efeitos da crise climática e enquanto os ricos causam o problema, são os pobres que pagam o preço mais alto. "A menos que as emissões diminuam drasticamente e a adaptação aumente, toda economia enfrentará uma fúria ainda maior", disse.
Mas o secretário acredita que esta história de injusiça é evitável e há motivos para se ter esperança, Guterres relembrou que na última COP28, em Dubai, as nações se comprometeram a se afastar dos combustíveis fósseis, respeitando o limite de 1,5 graus.