9 de dezembro de 2024 às 09:48
O Brasil atingiu uma importante marca ao reduzir a pobreza e a extrema pobreza ao menor nível da história, mas as 9 milhões de pessoas que ainda estão na linha de miséria, com renda de até R$ 200, mesmo com a expansão do Bolsa Família, cujo orçamento é de R$ 170 bilhões por ano.
Essa é a avaliação de Pedro Fernando Nery, economista e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em entrevista à EXAME.
O professor do IDP afirma que "o debate da porta de saída é menos importante do que o debate sobre o aumento da cobertura" e diz que os programas de transferência de renda são aliados, mas a pobreza somente vai cair mais com um mercado de trabalho "mais forte"
O estudo do IBGE destaca a redução do número de pessoas em situação de pobreza, mas o índice de Gini permaneceu estável. O que isso indica sobre a distribuição de renda no Brasil e quais são os desafios para uma redução mais significativa da desigualdade?