22 de março de 2024 às 17:10
O sistema planetário que inclui a Terra e seus planetas irmãos orbitando o Sol tem sido notavelmente estável durante seus cerca de 4,5 bilhões de anos de existência.
Mas nem todos os sistemas planetários têm tanta sorte, como mostrado em um novo estudo envolvendo estrelas gêmeas.
Uma análise de 91 pares de estrelas com tamanhos e composições químicas correspondentes mostrou que um número surpreendente exibiu sinais de terem "ingerido" um planeta, disseram cientistas na última quarta-feira, 21.
O estudo examinou pares de estrelas que se formaram dentro da mesma nuvem interestelar de gás e poeira — as chamadas estrelas co-natais — dando-lhes a mesma composição química, e eram de massas e idades aproximadamente iguais.
Estas são as "gêmeas". Embora os pares estejam se movendo juntos na mesma direção dentro de nossa galáxia Via Láctea, eles não são sistemas binários de duas estrelas gravitacionalmente ligadas uma à outra.
A composição química de uma estrela muda quando ela engole um planeta porque incorpora os elementos que compunham o objeto celeste.
"São as diferenças de abundância de elementos entre duas estrelas em um sistema co-natal", disse o astrônomo Fan Liu da Universidade Monash, na Austrália, autor principal do estudo publicado na revista Nature.