18 de dezembro de 2024 às 10:43
As orcas desenvolveram uma nova estratégia para caçar tubarões-baleia, os maiores peixes do mundo, que podem atingir 18 metros, segundo um estudo publicado na Frontiers in Marine Science.
Imagens e vídeos mostram as orcas atacando a área pélvica dos tubarões-baleia, mirando nadadeiras pélvicas e clásperes, o que força o peixe a virar de barriga para cima.
Virados de barriga para cima, os tubarões ficam vulneráveis, expondo uma área com menos músculos e cartilagem, facilitando o acesso das orcas ao fígado rico em lipídios.
Os cientistas identificaram um macho adulto, apelidado de "Moctezuma", em três dos quatro ataques observados, sugerindo comportamento colaborativo entre as orcas.
Pesquisadores levantam a hipótese de um grupo especializado de orcas caçadoras de tubarões-baleia atuando no Golfo da Califórnia, com fêmeas participando de pelo menos um dos eventos.
Apesar do apelido "baleia-assassina", as orcas pertencem ao grupo dos golfinhos, pois possuem dentes, diferentemente das baleias, que têm barbatanas ou cerdas bucais.
Segundo Marcos César de Oliveira Santos, pesquisador da USP, o tamanho não é critério válido para classificar os organismos, motivo pelo qual as orcas são consideradas golfinhos.