Na última Super-Quarta do ano, dia em que os Estados Unidos e do Brasil renovam as metas de suas respectivas taxas de juros, as atenções dos investidores estão mais voltadas para o pronunciamento das autoridades monetárias do que para as decisões.
Isso porque o mercado está dando como certa a redução da taxa Selic de 5% para 4,5% e a manutenção dos juros americanos no atual intervalo entre 1,5% e 1,75%. Já as falas de Jerome Powell, chairman do Federal Reserve, e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, podem dar novas pistas sobre as políticas monetárias que serão adotadas em 2020.
No Brasil, a dúvida é sobre se a taxa Selic poderá chegar em 4% no próximo ano, já que analistas têm apontado os juros baixos como o principal componente para a valorização do dólar frente ao real. Um dos principais argumentos que sustentam essa tese é a menor atratividade dos títulos públicos brasileiros, que se tornaram menos rentáveis com a queda dos juros. Com isso, muitos investidores estrangeiros acabam migrando para outros países emergentes com bônus maiores sobre os investimentos.