Fechar a Samarco custaria US$ 3 bilhões para Vale e BHP

São Paulo - O Ibovespa operava em baixa de 0,59% nesta terça-feira. Entre as baixas estão as ações da Localiza,que caíam 3,3% e os papéis da Magazine Luiza, que tem queda de 2,1%. Ontem a noite a companhia reportou um prejuízo de 19 milhões e 100 mil reais de julho a setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, a Magazine registrou um lucro de 42 milhões e 100 mil reais. E a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) bloqueou nesta terça-feira o reajuste de tarifas da Ceal, controlada da Eletrobras que atende Alagoas. O reajuste de 6,4% só deve acontecer após a Ceal pagar as dívidas que possui. Apesar da má notícia, as ações da Eletrobras tinham alta de 5% no pregão de hoje. E as ações da Cemig subiam 2,9%. De acordo com informações do jornal Valor Economico, a Equatorial Energia está negociando com a Cemig o seu retorno para o quadro de acionistas da Light. Os papéis da Light subiam 2,7% e as ações da Equatorial tinham alta de 1,4% após a notícia. Informações veiculadas pelo Valor também afirmam que a troca de Joaquim Levy por Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda deve acontecer até janeiro. Já o jornal a Folha de S. Paulo informa que interlocutores de Levy negam que ele vá deixar o ministério apesar das pressões do partido dos trabalhadores e do ex-presidente Lula. E a Vale admitiu ontem que o acidente da Samarco poderá impactar negativamente em até 12 milhões de toneladas a sua produção nos próximos dois anos. Hoje, o Credit Suisse divulgou um relatório em que afirma que um eventual fechamento da Samarco custaria 3 bilhões de dólares para a Vale e a empresa australiana BHP Billiton, que deteem, cada uma, 50% da Samarco. Isso porque só a dívida líquida da Samarco é de 2 bilhões e 930 milhões de dólares, sem contar as despesas ocasionadas pelo desastre nos próximos dois anos. Confira no Direto da Bolsa.