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Zumo 220

Acelerar sem destino sobre duas rodas é ótimo. Mas quando é preciso chegar a um endereço desconhecido, um copiloto como o Zumo 220pode ser de grande valia. Ele é um GPS feito para viajar no guidão da moto. Para isso, vem com kit para fixação e conexão com a bateria da motocicleta e seu corpo […]

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 16h05.

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Acelerar sem destino sobre duas rodas é ótimo. Mas quando é preciso chegar a um endereço desconhecido, um copiloto como o Zumo 220pode ser de grande valia. Ele é um GPS feito para viajar no guidão da moto. Para isso, vem com kit para fixação e conexão com a bateria da motocicleta e seu corpo é à prova d’água e resistente a raios ultravioleta. A tela de 3,5 polegadas é pequena e fosca, para não refletir a luz solar. Mas dependendo da posição do sol, os menus e mapas ficam bem opacos. O ângulo de visão também não é dos melhores. O tamanho do aparelho permite levá-lo no bolso quando a moto está estacionada. Nos testes do INFOlab, a comunicação com os satélites manteve-se estável e as rotas foram corretamente. As instruções de voz são enviadas para headsets, fones de ouvidos ou capacetes com bluetooth. Porém, nenhum desses acessórios acompanha o GPS. Sem eles, é impossível para o motociclista ouvir no trânsito as orientações emitidas pelos alto-falantes do navegador. O Zumo 220 também vem com suporte para carros. 

 Desconsiderando os aspectos que tornam o Zumo 220 ideal para guiar motociclistas, ele se sustenta muito bem como GPS comum. O repertório de mapas que ele contém é o mais completo que já passou pelo INFOlab, delineando as ruas de 1770 cidades brasileiras, das quais 1120 são auditadas. Existem outros GPS que mapeiam um número total de cidades maior, mas nenhum outro testado por nossa equipe oferecia tanto mapas que de fato são confiáveis. A quantidade de pontos de interesse também é alta: 1 milhão de restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos que podem ser úteis ao motorista marcam os mapas do Zumo. 

 A Garmin optou por uma navegação mais limpa, ou seja, a tela só exibe o nome de 3 ruas adjacentes à rua do motorista e sem muitos pontos de interesse. Quem está pilotando uma moto e não pode se distrair com uma sopa de letras tirará proveito dessa interface. Quem prefere mapas mais detalhados tem a opção de alterar algumas das informações que são exibidas, como a velocidade máxima da via e a localização de alguns radares de trânsito. Há até mesmo um “medidor de gasolina” que, em vez de medir a quantidade de combustível no tanque, mantém um registro dos quilômetros rodados para estimar quanto falta para esvaziar o tanque. 

 A marcação em si do trajeto é bem precisa: o Zumo reconheceu os dois lados da Av. Paulista e da Av. Juscelino Kubitschek, avenidas tradicionalmente problemáticas nos nossos testes de GPS. Com efeito, o aparelho perdeu o sinal ao longo de alguns trechos da região da Av. Paulista que são cobertos por túneis e ficamos no escuro por cerca de 5 minutos nessas ocasiões. Enquanto perder o sinal nessas circunstâncias é normal para qualquer GPS, a demora para recuperá-lo é um tanto incomum. Outro problema significativo é a lentidão com que o mapa é a atualizado para acompanhar o veículo. Não se trata de nada que inutilize o aparelho, mas pode incomodar um pouco. Ainda assim, o mapeamento de caminhos foi tão rápido com o Zumo quanto com qualquer outro GPS: o aparelho demorou entre 10 e 15 segundos para calcular trajetos e 8 segundos em média para recalculá-los. 

 A interface é bem simples no geral, com ícones grandes e bem sinalizados. No entanto, algumas decisões de design nessa área são questionáveis. Entre elas podemos citar a tradução desajeitada de algumas funções dos menus e o teclado organizado segundo a ordem alfabética. Basta manusear o Zumo por alguns segundos para se perceber que a tela sensível ao toque não é das mais sensíveis. A principio, isso parece ser uma falha considerável, mas esse não é necessariamente o caso. Um motociclista provavelmente tentaria utilizar o GPS com luvas, o que diminui a precisão dos gestos com dedos. Nesse caso, uma tela menos sensível pode ser mais adequada. 

 As duas vozes que recitam as direções para o motorista também pecam por falta de clareza na pronúncia. Pelo menos as informações declaradas são completas. O motorista recebe avisos com as duas próximas instruções a 300 metros de cada mudança no percurso. Essas instruções incluem até mesmo a faixa que o motorista deve utilizar para realizar a curva. 

 Além do bluetooth, o Zumo possui uma porta miniUSB e um leitor de cartão microSD. Um cartão de 4 GB foi incluído no pacote para complementar os 2 GB de memória interna. O principal uso desse espaço é o armazenamento de imagens JPEG, que é o único formato de mídia que esse GPS reproduz. Tal escassez pode parecer desvantajosa quando comparada com o reportório de outros GPS, que reproduzem músicas e vídeos, mas esses aparelhos nunca foram boas plataformas para reprodução de mídia.

Ficha técnica

Tela 3,5”
SoftwareSistema proprietário
Peso211 g
ConcetividadeBluetooth
Cidades navegáveis 1120

Avaliação técnica

PrósBoa recepção de sinal; número elevado de cidades auditadas; pode ser utilizado por motos e carros;
Contras Text-To-Speech com fala de difícil compreensão;
ConclusãoPor um preço tão alto, o Zumo 220 deveria oferecer um sistema de instruções por voz mais claro; ainda assim ele cumpre bem a função de GPS tanto para motos como para carros;
Média7.6
PreçoR$ 1539
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