Tecnologia

Zuckerberg se vinculou a Koum com café e chocolate

CEO da Facebook se aproximou primeiramente do CEO do WhatsApp no início de 2012, quando o convidou para tomar um café em uma padaria de Los Altos


	Facebook e WhatsApp: maior rede social do mundo decidiu adquirir a startup de mensagens móveis por US$ 19 bilhões em dinheiro e em ações
 (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook e WhatsApp: maior rede social do mundo decidiu adquirir a startup de mensagens móveis por US$ 19 bilhões em dinheiro e em ações (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 18h50.

São Francisco/Nova York - A relação entre a Facebook e a WhatsApp começou no outono de 2012 durante um café em uma padaria alemã. E foi consumada no dia de São Valentim, com morangos cobertos com chocolate, depois de apenas cinco reuniões.

Facebook, a maior rede social do mundo, decidiu ontem adquirir a startup de mensagens móveis WhatsApp por US$ 19 bilhões em dinheiro e em ações, com o objetivo de expandir seu alcance entre os usuários de aparelhos móveis.

Mark Zuckerberg, CEO da Facebook, primeiramente se aproximou de Jan Koum, CEO da WhatsApp, no início de 2012, quando o convidou para tomar um café em uma padaria de Los Altos, Califórnia. Eles acabaram conversando por mais de duas horas, de acordo com uma pessoa que tem conhecimentos sobre o assunto.

Eles se tornaram amigos e se encontraram frequentemente para jantares e caminhadas.

No dia 9 de fevereiro, Koum, 38, foi jantar na casa de Zuckerberg em Palo Alto, Califórnia. Aí foi quando a conversa sobre um possível negócio se tornou séria, disse a pessoa. Os dois conversaram primeiramente sobre como poderiam trabalhar juntos na iniciativa de Zuckerberg, Internet.org, para conectar o mundo através de aparelhos móveis.

Zuckerberg, 29, então propôs que suas empresas se unissem e que Koum entrasse no conselho da Facebook. Durante alguns dias, Koum analisou a proposta. Cinco dias depois, no dia 14 de fevereiro, Zuckerberg estava jantando com sua esposa em casa quando Koum apareceu, com morangos. Eles então negociaram o preço.


O mais importante

A compra seria o maior acordo da internet desde a fusão de US$ 125 bilhões da Time Warner com a AOL em 2011, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg. O acordo incluiu US$ 12 bilhões em ações, US$ 4 bilhões em dinheiro e US$ 3 bilhões em ações restritas, disse a Facebook ontem. A WhatsApp possui mais de 450 milhões de usuários, e a cada dia mais 1 milhão é adicionado, disse a Facebook.

Com sede em Mountain View, Califórnia, a WhatsApp é popular na Europa com o serviço que possibilita que os usuários enviem mensagens a partir de diversos sistemas operacionais, como iOS da Apple Inc., Android da Google Inc., Windows Phone da Microsoft Corp. e o software da BlackBerry Ltd.

Ao contrário das mensagens de texto tradicionais, que os usuários devem pagar através dos planos das operadoras celulares, o WhatsApp é gratuito durante o primeiro ano e depois passa a custar US$ 0,99 ao ano. O aplicativo concorre com WeChat da Tencent Holdings Ltd. na China, KakaoTalk na Coreia do Sul e Line no Japão, e também com o aplicativo próprio do Facebook, o Facebook Messenger.

Koum fundou a empresa com Brian Acton, 42, em 2009, depois de quase uma década trabalhando como engenheiro na Yahoo! Inc. A empresa de capital de risco Sequoia Capital investiu US$ 8 milhões na WhatsApp em 2011, por uma participação de mais de 15 por cento que agora está avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões, de acordo com pessoas que têm conhecimentos sobre o acordo.

Koum disse em uma declaração no website da empresa que o WhatsApp continuará sendo autônomo e funcionará de modo independente.

“Não seria possível estabelecer uma parceria entre as duas empresas se nós tivéssemos que abrir mão das principais bases que sempre definirão nossa empresa, nossa visão e nosso produto”, disse.

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