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Zuckerberg pode perder WhatsApp e Instagram: entenda o que está em jogo para o bilionário

Meta enfrenta um julgamento antitruste nos Estados Unidos que pode forçar a venda do Instagram e do WhatsApp

WhatsApp e Instagram: venda de apps podem impactar Mark Zuckerberg (J Studios/Getty Images)

WhatsApp e Instagram: venda de apps podem impactar Mark Zuckerberg (J Studios/Getty Images)

Publicado em 14 de abril de 2025 às 11h36.

Última atualização em 14 de abril de 2025 às 11h40.

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A Meta (META) e seu CEO e fundador, Mark Zuckerberg, passarão por semanas difíceis nos Estados Unidos.

A partir desta segunda-feira, 14, a empresa enfrenta um julgamento que pode culminar na separação de seus aplicativos WhatsApp e Instagram. Segundo a Federal Trade Commission (FTC), agência dos EUA responsável pela aplicação de leis antitruste no país, Zuckerberg adquiriu ambas as startups para suprimir seus adversários, criando um ambiente de concorrência desleal.

A FTC quer que a Meta seja responsabilizada "por realizar esses mega negócios para manter ilegalmente um monopólio nas redes sociais", sugerindo que a empresa restaure a concorrência ao vender seus ativos.

O julgamento pode durar até 37 dias, com término previsto para o início de julho. Caso necessário, outro julgamento poderá ser realizado para decidir sobre as penalidades, provavelmente no próximo ano. Recursos sobre qualquer decisão podem levar anos para serem resolvidos. Portanto, o WhatsApp e o Instagram não serão vendidos tão cedo.

No entanto, a possibilidade de perder duas propriedades valiosas ajuda a explicar por que Zuckerberg teria explorado um acordo de última hora com o presidente Donald Trump e funcionários da Casa Branca para evitar um confronto judicial. Até agora, esses esforços parecem ter sido infrutíferos.

Quais empresas estão sob o guarda-chuva da Meta?

A Meta, anteriormente conhecida como Facebook, é um conglomerado de tecnologia e mídia social que controla várias empresas importantes.

Sob o guarda-chuva da holding de Zuckerberg, estão o Facebook, a rede social original fundada pelo bilionário e seus colegas de Harvard, o Instagram, uma plataforma de compartilhamento de fotos e vídeos adquirida em 2012 por aproximadamente US$ 1 bilhão, e o WhatsApp, um aplicativo de mensagens instantâneas adquirido em 2014 por mais de US$ 19 bilhões.

A Meta também controla o Messenger, um aplicativo de mensagens integrado ao Facebook, e o Oculus VR, uma empresa de realidade virtual adquirida em 2014 por mais de US$ 2 bilhões.

Outras aquisições incluem o Giphy, uma plataforma de GIFs comprada em 2020, mas vendida em 2023 após uma ordem da CMA do Reino Unido, o Mapillary, uma empresa de mapeamento de ruas adquirida também em 2020, e a desenvolvedora de jogos em realidade virtual Beat Games, comprada em 2019. Em 2021, a Meta adquiriu a desenvolvedora de jogos Twisted Pixel Games.

Por que o alvo é o Instagram e o WhatsApp?

A FTC está investigando a Meta devido a alegações de que as aquisições do Instagram em 2012 e do WhatsApp em 2014 foram feitas para eliminar a concorrência e formar um monopólio no mercado de redes sociais.

A FTC argumenta que essas aquisições prejudicaram a concorrência e resultaram em um domínio excessivo da Meta no setor, o que poderia ser prejudicial aos consumidores e ao mercado como um todo.

A FTC também está questionando se a Meta violou a lei antitruste ao adquirir essas plataformas sem enfrentar uma oposição significativa na época. Embora as aquisições tenham sido aprovadas inicialmente, a FTC agora alega que elas foram parte de uma estratégia deliberada para eliminar concorrentes e consolidar o poder de mercado da Meta.

O que está em jogo para a Meta e Zuckerberg?

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