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Zuckerberg, o ator político

Seguindo sua última viagem internacional, o presidente americano Barack Obama deixa a Alemanha e chega a Lima nesta sexta-feira para participar da cúpula dos 21 países da Apec, o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico. Além dele, estarão os líderes de China, Rússia e Japão. Obama, evidentemente, vai ser o centro das atenções. Mas os ouvidos também estarão […]

MARK ZUCKERBERG: Como Zuckerberg acumula o cargo de chairman e CEO, a companhia tem um alto risco de governança / Stephen Lam/Reuters (Stephen Lam/Reuters)

MARK ZUCKERBERG: Como Zuckerberg acumula o cargo de chairman e CEO, a companhia tem um alto risco de governança / Stephen Lam/Reuters (Stephen Lam/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 05h08.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Seguindo sua última viagem internacional, o presidente americano Barack Obama deixa a Alemanha e chega a Lima nesta sexta-feira para participar da cúpula dos 21 países da Apec, o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico. Além dele, estarão os líderes de China, Rússia e Japão. Obama, evidentemente, vai ser o centro das atenções.

Mas os ouvidos também estarão voltados para um protagonista inusitado, que fará a palestra mais importante do sábado: Mark Zuckerberg, presidente do Facebook e um novo expoente no jogo político. Segundo jornais peruanos, o executivo vai abordar novos projetos da empresa, como um avião de propulsão solar que será usado para levar conexão a áreas isoladas. O que todos querem saber, porém, é sua visão sobre as eleições americanas.

Desde a inesperada vitória de Donald Trump, a rede social comandada por Zuckerberg vem sendo acusada de ter influenciado o resultado por permitir que notícias falsas atingissem milhares de pessoas. Um artigo falso que noticiava o apoio do papa Francisco ao magnata republicano, por exemplo, chegou a ser compartilhado quase um milhão de vezes na rede.

A questão provocou um forte debate dentro da companhia, apesar de Zuckerberg ter afirmado ser uma “ideia muito maluca” que as “notícias falsas no Facebook, que são uma parte muito pequena do conteúdo, possam ter influenciado as eleições de qualquer jeito”. No último domingo, em uma postagem na própria rede social, ele escreveu que “de todo o conteúdo no Facebook, mais de 99% do que as pessoas veem é autêntico.”

Mesmo assim, a empresa anunciou, ao lado do Google, uma atualização de sua política de propaganda para impedir a disseminação de notícias falsas. A rede já barrava anúncio em sites ou aplicativos com conteúdo ilegal ou enganoso, mas passará a aplicar o sistema de veto também às notícias falsas. Diante de tanta polêmica, quem quer ouvir falar de propulsão solar?

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