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Zuckerberg fala sobre Facebook, WhatsApp e Snapchat no MWC

Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, comentou sobre WhatsApp, espionagem e Snapchat em apresentação no Mobile World Congress, em Barcelona

Mark Zuckerberg em palestra na Mobile World Congress (Bloomberg)

Mark Zuckerberg em palestra na Mobile World Congress (Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 15h36.

São Paulo – Um dos convidados para palestrar na Mobile World Congress, que acontece essa semana em Barcelona, foi Mark Zuckerberg. O presidente executivo e cofundador do Facebook fez uma apresentação falando sobre o projeto internet.org, a compra do WhatsApp, espionagem  feita pelo governo americano e um breve comentário sobre o Snapchat.

A palestra foi mediada pelo jornalista David Kirkpatrick, autor do livro The Facebook Effect. Boa parte da fala de Zuckerberg foi direcionada ao projeto internet.org, que tem como objetivo levar conexão de internet a mais pessoas. Esse desejo de conectar outro bilhão de pessoas, segundo ele, foi o que o impulsionou a compra do aplicativo WhatsApp por 16 bilhões de dólares. Ele chegou a afirmar que o WhatsApp vale ainda mais do que isso.

De acordo com Zuckerberg, a rede do Facebook, com 1,2 bilhão de pessoas, é a maior da história em qualquer sentido. Mesmo assim, ele acredita que apenas continuando no caminho que as empresas de tecnologia estão, a internet não chegará a todos. “Não estamos no caminho de conectar o mundo todo, a não ser que alguma mudança dramática ocorra”, disse.

Para isso foi criada a internet.org. Entre seus membros fundadores estão o Facebook, a Nokia, a Qualcomm e a Samsung. Uma das questões levantadas por Zuckerberg, para que seja possível conectar o mundo todo, é sobre o preço dos smartphones.

Ele afirmou que na MWC é possível ver alguns esforços sobre o assunto, como um aparelho usando o sistema Firefox que deve ser vendido por 25 dólares. Ele afirmou que, hoje, 80% da população mundial mora em áreas com cobertura de internet móvel 2G ou 3G. Falta apenas um jeito de se conectar.

Com isso, pessoas poderiam acessar informações preciosas. “Nós acreditamos que uma porção de serviços deveria existir, seja ele para enviar mensagens ou saber a previsão do tempo. Esses são serviços básicos aos quais as pessoas devem ter acesso”, afirmou.


Zuckerberg afirmou que a curto prazo, as empresas devem perder dinheiro com esse projeto. Por que então continuar com ele e como ganhar dinheiro? “Se nós fizermos algo bom par ao mundo, eventualmente acharemos uma maneira de lucrar com isso”. Zuckerberg, no entanto, provavelmente já tem a reposta. Com outro bilhão de usuários usando o Facebook, os lucros seriam ainda maiores.

NSA

Em meio a palestra, Kirkpatrick levantou outra questão. Perguntou para o fundador do Facebook sobre o esquema de espionagem do governo americano usando a NSA, agência de segurança dos EUA. Zuckerberg foi franco e direto em sua resposta. “O governo meio que estragou tudo. Eles estavam muito além do que deveria ser feito, não estavam sendo transparentes o suficiente sobre o que faziam”, disse Zuckerberg.

“Confiança é importante quando se usa um serviço no qual informações pessoais importantes são compartilhadas”, disse ele sobre os impactos da espionagem no Facebook.

Ao final da palestra, ele ainda mostrou bom humor. Foi questionado se depois de comprar o WhatsApp havia desistido do Snapchat. Respondeu que não iria comentar sobre o assunto. “Depois de comprar uma companhia por 16 bilhões de dólares, você fica satisfeito por algum tempo”, afirmou.

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