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Zika poderá infectar 93 milhões em 3 anos

O estudo, liderado por Alex Perkins, da Universidade Notre Dame (EUA), em parceria com cientistas da Universidade de Southampton, foi publicado na segunda-feira


	Zika: segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível
 (Marvin Recinos / AFP)

Zika: segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível (Marvin Recinos / AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 08h51.

São Paulo - Cerca de 93 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe - incluindo 1,6 milhão de mulheres férteis - podem ser infectadas pelo vírus zika até o fim da atual epidemia, dentro de dois ou três anos, de acordo com uma nova projeção feita por um grupo de cientistas americanos e britânicos.

O estudo, liderado por Alex Perkins, da Universidade Notre Dame (Estados Unidos), em parceria com cientistas da Universidade de Southampton, foi publicado na segunda-feira, 25, na revista científica Nature Microbiology.

Segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível. "Por um simples fator aleatório, e porque alguns lugares são relativamente isolados e esparsamente povoados, o vírus não vai chegar a todos os cantos do continente", disse.

A estimativa foi feita a partir da soma de milhares de projeções localizadas sobre o número de pessoas que podem ser infectadas em quadrantes de cinco por cinco quilômetros em todo o continente.

Como o vírus não deve chegar a todos os pontos da região, o total de 1,65 milhão de mulheres é o limite máximo para infecção nesta primeira onda de zika.

Com base nas atuais taxas de problemas congênitos em mulheres infectadas, a pesquisa sugere que dezenas de milhares de gestações poderão ser afetadas.

De acordo com os autores do artigo, no dia 30 de junho, já haviam sido registrados 1.674 casos confirmados de microcefalia associada à zika em cinco países, incluindo o Brasil.

"É difícil prever com precisão quantas mulheres férteis podem estar submetidas ao risco de infecção por zika, porque uma grande proporção dos casos não apresenta sintomas. Isso invalida os métodos que se baseiam apenas em dados sobre os casos e gera um imenso desafio para os cientistas que tentam entender essa doença", disse o geógrafo Andrew Tatem, da Universidade de Southampton.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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