O Yahoo busca formas de cortar gastos após ser pressionado por seus principais investidores por uma política de contenção de despesas (Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 12h44.
São Paulo - O Yahoo anunciou que irá fechar seu último escritório na China, em uma medida que deve cortar 300 vagas. A empresa havia vendido suas operações na China para o Alibaba, em 2005.
Em processo de redução de despesas e cortes de funcionários no mundo todo, a empresa afirmou a seus empregados em Pequim que irá fechar o escritório local. Apesar de não dizer quantos cortes serão feitos na China, a empresa empregava entre 200 e 300 funcionários no país.
O Yahoo tinha cerca de 12 500 funcionários no mundo todo no final de 2014.
"Estamos constantemente fazendo mudanças para alinhar recursos, e melhorar a colaboração e inovação dentro de nosso negócio", afirmou o Yahoo em um comunicado. "Atualmente não oferecemos produtos locais em Pequim, mas o escritório servia como um centro de desenvolvimento e pesquisa".
O Yahoo busca novas formas de cortar gastos após ser pressionado por seus principais investidores por uma política de contenção de despesas.
A presidente Marissa Mayer afirmou em janeiro que a empresa iria voltar seus esforços para se tornar mais eficiente, mantendo seu número de funcionários quase inalterado mesmo após investir no lançamento de novos produtos e comprar outras empresas.
O encerramento do escritório do Yahoo na China não tem relação com o governo chinês, segundo a Bloomberg.
Executivos da empresa foram criticados por grupos de defesa dos direitos humanos após o Yahoo fornecer ao governo chinês informações sobre o jornalista dissidente Shi Tao, que receberia uma pena de 10 anos de prisão.
Além do Yahoo, outras empresas saíram do país nos últimos meses, depois do endurecimento das regras que regulam a atividade de empresas de tecnologia estrangeiras na China.
Em fevereiro, a desenvolvedora de games mobile Zynga fechou seu escritório em Pequim, cortando 71 vagas. Em dezembro, a Microsoft fechou fábricas de smartphone em Pequim e Dongguan, emigrando para o Vietnã.