Sony Xperia XA Ultra
Lucas Agrela
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 16h51.
Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 16h33.
São Paulo -- O Xperia XA Ultra tem um diferencial bastante óbvio: uma tela de seis polegadas. Ele poderia até mesmo ser chamado de tablet por alguns, mas é definido pela Sony como um smartphone. A isso, soma-se o fato de que o aparelho tem entrada para chips de operadoras e suporte para a rede 4G. Fora o apelo para a navegação na web e uso de apps, o produto é voltado para quem tira muitas fotografias com a câmera frontal. Seu preço sugerido é de 2.399 reais.
O visual do XA Ultra é o clássico da linha Xperia: retangular, com cantos proeminentes (ainda que arredondados), bom acabamento nas bordas frontais e uma parte traseira revestida de plástico. Há um botão físico dedicado para o acionamento da câmera, outro para controle de volume e mais um para o desbloqueio de tela.
O design do produto, porém, se destaca ao considerarmos que ele tem uma tela de grande porte sem ser exageradamente grande como smartphones do passado. Ele ainda é maior do que o Galaxy Note 7, mas pode ser levado no bolso da calça sem chamar muita atenção.
Grande parte do mérito para o seu tamanho moderado é do vidro curvo nas laterais usado pela Sony. É por isso que as bordas são quase inexistentes. O display, aliás, tem resolução Full HD, o que é ótimo para a reprodução de vídeos, sejam via web (Netflix ou YouTube), sejam via arquivos guardados no próprio celular.
Apesar de ter corpo acima da média, o produto também não é muito pesado. Ele pesa 202 gramas, o que é pouco mais do que o iPhone 6s Plus, que tem 192 gramas.
Mas o ponto negativo no quesito design é que o manuseio do smartphone deixa algumas marcas de uso na parte traseira com facilidade. É preciso constantemente limpar o produto usando tecido.
A Sony realmente se esmerou na criação do conjunto de câmeras do XA Ultra. As fotografias capturadas com a câmera principal, que tem sensor de 21,5 MP, apresentam ótimo nível de detalhamento em cenários com luz natural. Se o dia for ensolarado, os resultados atingem qualidade máxima.
O mesmo vale para a câmera frontal de 16 MP -- o maior sensor frontal do mercado atual de smartphones. As fotos têm boa qualidade e podem ser tiradas com o uso de efeitos para deixá-las mais "divertidas".
O ângulo de captura é amplo e é fácil tirar uma selfie com várias outras pessoas que estejam perto de você.
Um último recurso que vale menção é o disparo automatizado. O usuário pode simplesmente colocar a mão aberta na frente da câmera frontal que o obturador é ativado.
Voltando à câmera principal, vale notar que a Sony colocou alguns recursos interessantes para melhorar o visual das suas fotos. Há estabilização ótica de imagens para que você possar tirar fotografias em movimento sem grande perda de qualidade, e também um flash com multiframes, com o objetivo de clarear plano principal e plano de fundo, ou seja, melhorando a capacidade da câmera de fotografar em locais mal iluminados.
Uma cenário em que o XA Ultra não se saiu bem foi na fotografia de objetos em ambientes internos iluminados com luz artificial. Os ajustes manuais oferecidos pelo software não foram o suficiente para melhorar a qualidade da captura da cena. Outros apps de fotografia podem auxiliar, especialmente com o uso de efeitos, como os dos Instagram.
Confira algumas fotografias tiradas com o Sony Xperia XA Ultra.
O XA Ultra tem uma bateria de 2.700 mAh e autonomia para oito horas e meia de uso intenso, segundo testes do INFOlab, de EXAME.com. O tempo é parecido com o obtido por produtos como o Moto G4 Plus.
Com uso moderado, você pode conseguir autonomia de uso de um dia todo com o smartphone.
Graças a modos de economia bastante eficientes colocados no Android da Sony, a bateria pode aguentar por horas a fio mesmo que a carga esteja no final. Claro que vários recursos são desabilitados enquanto o smartphone está em repouso, mas acionar um desses modos de redução de energia é mais prático do que desligar o smartphone.
O Xperia XA Ultra é um smartphone acima da média, mas que não chega a ser topo de linha. Ele seria um produto classificado como intermediário-avançado. Ou seja, sua configuração de hardware é boa em alguns sentidos e deixa a desejar em outros.
Vamos começar pelo que é bom. O produto tem um processador MediaTek MT6755 octa-core, 3 GB de memória RAM, 16 GB de armazenamento interno (com entrada para cartão microSD) e suporte para NFC para pareamento de acessórios.
Uma das tecnologias exclusivas de destaque nesse produto da Sony é a que preserva a bateria durante o seu tempo de recarga. Segundo a fabricante, o recurso Qnovo Adapative Charging aumenta a quantidade de ciclos de recarga da bateria de 500 para 800 -- antes de começar a perder sua capacidade de retenção de energia.
Por outro lado, o XA Ultra tem alguns problemas. Ele, por exemplo, não vem com o carregador Fast Charging na caixa. Ele precisa ser comprado separadamente. Optamos pela retirada desse acessório para não aumentar o preço do produto, explicou a Sony, durante o lançamento do smartphone em São Paulo.
Como a bateria do gadget tem capacidade de 2.700 mAh, o tempo de recarga da bateria com um carregador comum pode levar quase uma noite toda. Ou seja, é melhor não se esquecer de plugar o aparelho a uma tomada na hora de ir dormir.
Na faixa de preço na qual o XA Ultra é vendido, os concorrentes já oferecem recursos como o leitor biométrico para desbloqueio de tela, algo que não está presente nesse dispositivo da Sony.
O desempenho geral do smartphone se mostrou bom para a sua categoria, segundo avaliação feita por meio de resultados de benchmarks (apps de medição de performance). Confira a seguir.
Benchmarks | XA Ultra | Galaxy A7 |
---|---|---|
AnTuTu | 49.465 | 40.607 |
Vellamo | 3.514 | 1.173 |
Basemark OS II | 324 | 775 |
Geekbench | Não rodou | 3.623 |
O sistema da Sony não ficou muito diferente do que já era visto em outros smartphones da marca. Há uma série de apps da fabricante pré-instalados. Eles podem ser desativados, caso o usuário assim deseje. Mas esse trabalho terá que ser feito manualmente.
Uma das modificações mais úteis da interface da Sony para o Android está no aplicativo da câmera. Dá para utilizar vários efeitos de fotografia, algo que o Android puro não nos proporciona.
O Sony Xperia XA Ultra vale a pena para quem busca um smartphone com tela grande, um bom conjunto de câmeras (especialmente para selfies) e boa duração de bateria. Ele não é um celular cheio de sensores e recursos diferentes, mas oferece uma boa experiência de uso de aplicativos, fotos e reprodução de vídeos. Ou seja, ele é, essencialmente, um bom smartphone de tela grande.
Sistema Operacional | Android 6.0.1 Marshmallow |
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Processador | MediaTek MT6755 |
CPU | 4x2.0 GHz Cortex-A53 & 4x1.0 GHz Cortex-A53 |
GPU | Mali-T860MP2 |
Armazenamento | 16 GB + microSD de até 200 GB |
Tela | 6'' Full HD (1080 x 1920 pixels) |
Peso | 202 g |
Bateria | 2.700 mAh |
Câmeras | 21,5 MP e 16 MP |
Conexões | Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Wi-Fi Direct, hotspot, Bluetooth: v4.1, A2DP, LE, aptX. GPS, A-GPS, GLONASS e Rádio FM |
Prós | Boa câmera frontal e tela curva que permite que ela seja grande de forma não prejudicial para o uso. |
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Contras | Câmera principal não lida bem com certos tipos de cenas. |
Conclusão | Bom smartphone para quem busca um gadget com duração de bateria razoável, tela grande e boa câmera frontal. |
Configuração | 8.0 |
Usabilidade | 8.5 |
Foto | 7.5 |
Bateria | 7.0 |
Design | 8.5 |
Média | 8.0 |
Preço | R$ 2.399 |