Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2012 às 18h37.
Na sua segunda encarnação, o tablet com Android da Motorola ganhou uma versão ultraleve com tela de 8,2 polegadas. Ele pesa só 383 gramas, mas não é nada frágil. O LCD é coberto por vidro resistente a riscos Gorilla Glass, as laterais são emborrachadas e o corpo é repelente a líquidos. A leveza, a possibilidade de segurar o tablet com uma mão com firmeza e as dimensões da tela agradam. A disposição dos três alto-falantes, dois na borda superior e um na inferior, é uma boa sacada. Com o Xoom 2 ME na horizontal, dá para segurá-lo com duas mãos e manter dois falantes desobstruídos. Mas o design também é responsável por incômodos. É preciso tatear para achar os botões de força e volume na traseira. Fotografar com o tablet na horizontal não é algo natural. Em relação à configuração, o Xoom 2 ME está no primeiro time. Mas não tem 3G. O seu grande problema é a autonomia. Nos testes do INFOlab, a bateria não suportou mais que 3 horas e meia. A do Samsung Galaxy Tab 8.9 e a do iPad 2 passam de 8 horas.
Vendido no país por 1.299, o pequeno tablet pesa 386 gramas e mede 13,9 x 21,5 x 0,98 cm. O tamanho e material utilizado na carcaça tornam o Xoom 2 confortável de manusear. O design representa uma evolução bem grande em relação ao primeiro Xoom, principalmente com o peso. Os conectores microHDMI e microUSP agora são dispostos na posição vertical (retrato) em uma das laterais. Os controles de volume e botão para ligar/bloquear o aparelho foram posicionados na parte traseira, completamente deslocados para a lateral. A posição não é das mais favoráveis e pode tornar o controle de volume nada eficiente. É muito mais fácil recorrer à tela para os ajustes.
Outro detalhe importante da construção do aparelho é a proteção SplashGuard. Presente na carcaça e componentes internos, ela repele qualquer líquido que entre em contato com o tablet. Mas não fique muito entusiasmado, pois ela não garante que o Xoom 2 sobreviva a um mergulho, mas ela é eficiente contra acidentes com sucos, refrigerantes e quaisquer outros desastres parecidos. A solução é desenvolvida pela P2i Labs e também protege o aparelho contra manchas e corrosão.
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No entanto, o que mais chama a atenção nesse gadget é seu selo Media Edition (edição de mídia em uma tradução simplista). Isso significa que a Motorola embutiu recursos para melhorar a experiência com vídeo, áudio e imagem. Um destes recursos é um alto-falante adicional. Esse sistema faz com que o ouvinte tenha sempre dois canais (esquerdo e direito) e um sub-woofer. No modelo anterior, e também na maioria dos tablets, ao manter o aparelho na vertical o som é projetado somente em uma direção, prejudicando a qualidade. E não é necessário fazer nenhum ajuste, pois o hardware alterna a função dos alto-falantes automaticamente conforme a posição do aparelho.
Aplicativos como o MotoCast, que permite fazer o streaming de músicas e vídeos de um computador para o aparelho, Dijit, um controle remoto universal (o tablet tem um emissor infravermelho) e serviços de videoconferência complementam o uso multimídia. Estão incluídos no pacote o Fuze Meeting, GoTo Meeting e Polycom, que permitem compartilhar vídeo, áudio e arquivos. Além do MotoCast há uma licença de 14 dias para o Twonky, que permite criar um servidor de vários protocolos, como DLNA, AirPlay, UpNP, etc.
Com 1.280 por 800 pixels, a tela de 8,2 polegadas oferece uma densidade de pixels mais alta que a média. Isso faz com que a imagem tenha mais definição. Por outro lado, isso faz com que os elementos se tornem um pouco menores, mas nada que gere desconforto. O brilho da tela é satisfatório e há boa fidelidade nas cores. A reprodução de vídeo, no entanto, não fez jus ao selo Media Edition. Durante os testes do INFOlab, o player não reconheceu arquivos DivX e XviD, tanto em 720 como 1.080p, mas reproduziu o formato MKV em 720p sem nenhum problema.
A interface do Android 2.3 não recebeu grandes modificações e roda sem engasgos graças ao processador OMAP 4430, com dois núcleos de 1,2 GHz. O Xoom 2 conta com 32 GB de armazenamento, entrada para cartão microSD e 1 GB de RAM.
Para facilitar a digitação, a Motorola inclui o SwiftKey, que dá sugestões de palavras enquanto o usuário digita alguma coisa. Não há suporte nativo para o Swype, que permite escrever com gestos, mas o layout do teclado QWERTY favorece a digitação. Com o tablet em pé, a digitação com as duas mãos não só é possível como é confortável, graças ao casamento do design das teclas com a largura reduzida da carcaça.
A câmera principal de 5 megapixels tem flash LED e grava de vídeos em 1.080p a 30 quadros por segundo. As fotos possuem qualidade mediana. Há também uma câmera frontal para videochamadas.
Vídeo
http://videos.abril.com.br/info/id/2c9f94b53587a3af0135a5e438b3067c
Tela | 8,2 |
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Processador | OMAP 4430 1,2 GHz |
Armazenamento | 32 GB + microSD |
Conectividade | Wi-Fi |
Peso | 383 g |
SO | Android 3.2 |
Duração de bateria | 3h30min |
Prós | Compacto; tela com boa resolução e qualidade; saída microHDMI (1080p) |
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Contras | Reprodutor de vídeos não faz jus ao rótulo "Media Edition"; bateria dura pouco |
Conclusão | Tablet com boa configuração e recursos pré-instalados |
Configuração | 8,5 |
Usabilidade | 9,1 |
Bateria | 5,9 |
Design | 8,5 |
Média | 8.3 |
Preço | 1299 |