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Xiaomi pode ter falhado por não fechar parceria com a gente, diz Positivo

Fabricante chinesa lançou smartphones no Brasil em 2015, mas sumiu do mercado pouco tempo depois

. (Bobby Yip/Reuters)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 27 de julho de 2018 às 11h08.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 18h51.

São Paulo – Para a Positivo Tecnologia, a fabricante chinesa de smartphones Xiaomi não deu certo no Brasil por não ter escolhido a Positivo como parceira para entrar no país. De acordo com Norberto Maraschin Filho, vice-presidente de mobilidade da companhia, o país tem peculiaridades que não são simples para empresas estrangeiras.

"O Brasil é um país complexo, as vendas dependem muito do varejo, que é bastante segmentado, enquanto as operadoras têm um poder muito grande em outros países. É preciso ter contatos com lojistas de diversas regiões, o Brasil não é para amadores", afirmou Maraschin Filho, durante a Eletrolar Show, evento B2B realizado em São Paulo nesta semana.

O executivo apontou também a dificuldade de entender a tributação brasileira e traçar uma estratégia de sucesso.

Quando a Xiaomi entrou no mercado brasileiro, em 2015, a empresa apostou em um modelo pouco convencional: vendas online apenas pelo seu site e em datas específicas. Poucos meses depois, ela firmou uma parceria com a operadora Vivo para vender o smartphone Redmi 2, um rival do Moto G. No fim, os aparelhos também foram vendidos pelo varejo brasileiro, mas a empresa deixou o Brasil, lentamente, entre o final de 2016 e começo de 2017.

A Positivo Tecnologia, conhecida pelos sucesso de vendas de computadores e notebooks, passou por uma reformulação nos últimos tempos. Além de ter smartphones sob sua própria marca, a empresa trouxe ao Brasil a marca de notebooks Vaio de volta, lançou a Quantum, que tem smartphones mais premium, fechou uma parceria com a marca de acessórios Anker e, em breve, relançará a Huawei no Brasil.

Atualização: em nota a EXAME, a Positivo Tecnologia informou o seguinte:

"Reafirmamos que é de conhecimento do mercado o quão complexo é operar no Brasil por questões tributárias e outras particularidades do nosso país, como a representatividade mais forte do varejo na comparação com as operadoras na venda de smartphones, por exemplo. Neste contexto é que a parceria com a Huawei nos deixa bastante otimistas, porque unem-se os principais atributos de cada parceiro para concorrer neste mercado de gigantes, assim como poderia ter ocorrido com Xiaomi, caso escolhesse entrar no Brasil com um parceiro local - qualquer que fosse - que pudesse facilitar o entendimento das nossas peculiaridades para tentar avançar no país."

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