Tecnologia

Xiaomi completa 10 anos com ascensão meteórica em smartphones

Conhecida como “Apple chinesa”, a empresa foi do zero à quarta posição global de vendas de celulares

Lei Jun, chief executive officer of Xiaomi Corp., speaks during a product launch for the Redmi Note 7 smartphone in Beijing, China, on Thursday, Jan. 10, 2019. Xiaomi officially launched a new independent "Redmi" brand, headed by Vice President Lu Weibing. Photographer: Shawn Koh/Bloomberg via Getty Images (Shawn Koh/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Lei Jun, chief executive officer of Xiaomi Corp., speaks during a product launch for the Redmi Note 7 smartphone in Beijing, China, on Thursday, Jan. 10, 2019. Xiaomi officially launched a new independent "Redmi" brand, headed by Vice President Lu Weibing. Photographer: Shawn Koh/Bloomberg via Getty Images (Shawn Koh/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 05h55.

Era 6 de abril de 2010 quando a fabricante de celulares chinesa Xiaomi foi fundada por mais de sete sócios, entre eles Lei Jun, presidente da empresa. A ideia original era usar tecnologias de ponta para tornar os smartphones ainda mais inteligentes e com preços acessíveis para os consumidores. Apenas três anos antes Steve Jobs, cofundador da Apple, lançara o primeiro iPhone. À época, Jun considerava sua própria ideia ousada e “maluca”. Nesta terça-feira (11), a Xiaomi celebra seus dez anos de mercado em um evento comemorativo que contará com novidades, como dois novos smartphones.

Em uma onda de crescimento constante, representando hoje 10,7% do mercado de smartphones, a Xiaomi é a quarta maior fabricante de celulares do mundo, atrás da também chinesa Huawei, da sul-coreana Samsung e da americana Apple, segundo a consultoria chinesa Counterpoint Research.
Desde 2018, quando a Xiaomi começou a figurar o topo do ranking, houve um crescimento de 27,4% na fatia de mercado.

A marca também é a quarta mais usada pelos brasileiros, atrás da Samsung (45,02% do mercado), da Motorola (22,06%) e da Apple (13,83%), representando 7,6% do mercado de smartphones no Brasil – há um ano, esse valor era de 3,78% de acordo com o site de análises irlandês StatCounter.

Hoje, a Xiaomi anuncia o smartphone Mi 10 Ultra, que também terá uma versão para colecionadores. Jun já adiantou que a segunda versão está sendo chamada de Supreme
Commemorative Edition. Apesar de a marca ainda não ter revelado detalhes sobre o produto, informações que teriam vazado da empresa indicam que a câmera principal do produto terá zoom de até 120 vezes e opções com RAM de 8 a 16 GB e armazenamento de 256 a 512 GB. Os smartphones Redmi K30 Ultra e K30 Pro também devem ser revelados no evento de hoje.

Em 2015, a Xiaomi fez sua primeira tentativa de entrar no mercado brasileiro. Liderada pelo então vice-presidente de expansão internacional, Hugo Barra – hoje no Facebook –, a empresa trouxe ao país o Redmi 2. A posta era ousada: vender apenas no comércio eletrônico em um mercado onde o maior volume de vendas acontecia no varejo físico. Conclusão: um ano mais tarde, a empresa desapareceu do mercado, mantendo apenas a sua assistência técnica.

A nova história da Xiaomi no Brasil começou em junho de 2019. Desta vez, em vez de vir sozinha, a companhia chinesa se juntou com a mineira DL, responsável pela operação nacional. A estratégia foi completamente diferente, e deu certo. Mais madura, a Xiaomi chegou não com um, mas com vários produtos – eletrônicos ou não. São cerca de 400 produtos que vão de patinete elétrica a balança conectada, de mochila a toalha e de smartphone a pulseira para exercícios. A empresa também tem duas lojas próprias no Shopping Ibirapuera e no Shopping Center Norte.

Poucas empresas têm tantos produtos no país. Uma das maiores é a brasileira Multilaser, que conta com 3.500 artigos à venda, entre importados e produzidos localmente. A Xiaomi importa todos os seus produtos atualmente.

Ao completar dez anos, a Xiaomi se mostra uma empresa cada dia mais competitiva. Apesar do fôlego e do crescimento meteórico, ainda será preciso ganhar uma parcela significativa de mercado para superar Samsung e Apple – especialmente no Brasil. Fontes ouvidas por EXAME indicam que as vendas, em grande maioria, ainda acontecem no mercado cinza, muitas vezes, em marketplaces de grandes varejistas, via vendedores terceiros. A diferença de preços entre tais produtos e os oficiais ainda é grande, assim como o desafio da Xiaomi de conquistar a maioria dos brasileiros.

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