A nova interface do Windows 11 (Microsoft/Reprodução)
A nova geração do Windows foi apresentada pela Microsoft em um evento online nesta quinta-feira, 24. O novo produto chega em um momento importante da companhia fundada por Bill Gates, em que a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado foi atingida, tornando-a a segunda empresa americana de capital aberto a chegar a esse patamar.
A atualização do principal produto da empresa, que deve chegar ao mercado até o fim do ano, está focada em melhorar a experiência de usuários que agora, muito mais do que no lançamento da versão anterior, usam o mesmo computador para o trabalho e lazer. E, apesar de nas últimas semanas rumores circularem por sites especializados antecipando as novidades do sistema operacional, foram anunciados recursos interessantes.
Visual repaginado
Perceptível ao primeiro olhar, no Window 11 o menu iniciar foi deslocado da esquerda para o centro da tela. Trata-se de uma organização semelhante ao que a Microsoft tentou na versão beta Windows 10X, que não foi lançado, mas sobretudo, uma forte influência do sistema da Apple, o macOS. A ideia é trazer o acesso de programas mais à mão do usuário, quase como em um buscador.
Há também alguns detalhes visuais absorvidos do Android, como cantos arredondados nas janelas e um branco mais alvo para o tema padrão do sistema. Um novo recurso que deverá ser bastante útil é a possibilidade de criar diferentes áreas de trabalho para diferentes momentos de uso. Assim, dá para configurar uma tela específica para trabalho, jogos e redes sociais.
Apps Android rondando nativamente
O novo sistema também é capaz de rodar aplicativos Android, que serão executados nativamente e podem ser baixados da nova loja do Windows. Eles ficam disponíveis na barra de tarefas e podem ser configurados juntos dos programas tradicionais do Windows.
Para demonstrar como está o funcionamento dessa integração, na apresentação, o TikTok foi aberto direto da área de trabalho e funcionou como em um celular Android. O recurso é uma tentativa de não ficar para trás da Apple, que com os chips M1, conseguiu fazer com que seus computadores rodassem apps do iPhone.
Mais desempenho em jogos
Em termos de games, o Windows 11 vai trazer a função Auto HDR, que a Microsoft já havia introduzido nos consoles Xbox Series X e S. Com essa funcionalidade, usuários poderão alterar e melhorar a cor e a luz de jogos mais antigos. De acordo com a empresa, cerca de 1.000 jogos, incluindo títulos como Rocket League, vão se beneficiar do recurso.
Além de melhoras gráficas, a Microsoft irá trazer a função Direct Storage ao Windows 11, também uma ferramenta já conhecida dos consoles da empresa. Isso deve melhorar o processamento de games e a maneira como são armazenados, diminuindo tempo de carregamento dos games e tornando o sistema mais eficiente para jogar.
Ferramentas para desenvolvedores
A Microsoft também está interessada em trazer mais desenvolvedores e apps para sua loja de aplicativos. A medida já era algo esperado, mas, durante o lançamento, Panos Panay, diretor de produto da empresa, afirmou que a loja vai passar a aceitar aplicações em Win32, além do padrão Universal Windows Platform (UWP).
Panay também afirmou que faturamento vindo de comércio nos apps e plataformas terceiras poderá ficar 100% nas mãos dos desenvolvedores — um anúncio que coloca ainda mais pressão sobre a Apple, que atualmente cobra 30% sobra vendas em apps.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.