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WikiLeaks é um serviço de inteligência hostil, diz CIA

Mike Pompeo, diretor da Agência Central de Inteligência, considera o grupo anti-sigilo como uma das principais ameaças enfrentadas pelos EUA

WikiLeaks: a CIA foi atingida no mês passado pela divulgação do WikiLeaks de um grande número de arquivos e de códigos de computador obtidos por hackers (AFP/Arquivo/AFP)

WikiLeaks: a CIA foi atingida no mês passado pela divulgação do WikiLeaks de um grande número de arquivos e de códigos de computador obtidos por hackers (AFP/Arquivo/AFP)

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AFP

Publicado em 13 de abril de 2017 às 19h56.

O diretor da Agência Central de Inteligência, Mike Pompeo, chamou nesta quinta-feira o WikiLeaks de "serviço de inteligência hostil", dizendo que ameaça as nações democráticas e junta-se a ditadores.

Em seu primeiro cometário público desde que se tornou chefe da agência americana de espionagem, em fevereiro, Pompeo se concentrou no grupo anti-sigilo como uma das principais ameaças enfrentadas pelos Estados Unidos.

"O WikiLeaks caminha como um serviço de inteligência hostil e fala como um serviço de inteligência hostil. Ele encorajou seus seguidores a procurarem empregos na CIA para obter informações... E se concentram principalmente nos Estados Unidos, ao procurar apoio de países e organizações anti-democráticas", disse Pompeo.

"É a hora de falar ao WikiLeaks o que ele realmente é: um serviço de inteligência hostil não estatal frequentemente incitado por atores estatais como a Rússia".

A CIA foi atingida no mês passado pela divulgação do WikiLeaks de um grande número de arquivos e de códigos de computador obtidos por hackers.

Eles mostraram como a CIA explora as vulnerabilidades em softwares e hardwares de computadores e redes populares para coletar informações.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, criticou a agência americana por não avisar a indústria da tecnologia e as autoridades sobre estas vulnerabilidades a fim de que fossem consertadas.

Pompeo disse que Assange se comporta como um guerreiro, mas, na realidade, ajuda os inimigos dos Estados Unidos, incluindo seu papel na interferência russa na eleição americana de 2016.

"Assange e seus semelhantes se tornam causa comum dos críticos de hoje em dia. Sim, eles tentam sem sucesso encobrirem a si mesmos e suas ações com sua linguagem de liberdade e privacidade; na realidade, não defendem mais do que sua própria fama. Sua moeda é a busca por cliques; sua moral, inexistente".

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