Para o WikiLeaks a Amazon mentiu em seu comunicado (Joe Raedle/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 14h13.
Washington - O WikiLeaks acusou nesta sexta-feira a Amazon de "mentir" e atuar "covardemente", após escutar os argumentos dados por sua subsidiária Amazon Web Services (AWS) para justificar a expulsão do site de internet de seus servidores.
Em comunicado, a AWS assinalou que sua decisão não foi produto nem da pressão do Governo americano nem dos ataques de negação de serviço (DDOS) que o WikiLeaks está sofrendo desde que começou a revelar 251 mil documentos diplomáticos americanos.
A AWS, que aluga servidores para alojar sites de internet, disse que "o WikiLeaks não estava cumprindo os termos do contrato".
Concretamente, a AWS assinalou que o contrato assinado pelo WikiLeaks estabelece que o portal criado pelo australiano Julian Assange "garante que possui ou controla todos os direitos do conteúdo de sua página".
"É claro que o WikiLeaks não possui ou controla todos os direitos deste conteúdo classificado", afirmo a AWS através de um comunicado.
"Além disso, não é crível que o extraordinário volume de 250 mil documentos classificados que o WikiLeaks está publicando pudesse ter sido redigido de forma cuidadosa como para assegurar que não estavam pondo vidas inocentes em perigo", acrescentou a AWS.
Em resposta, o WikiLeaks informou pelo seu Twitter que "o comunicado de imprensa da Amazon não está de acordo com os fatos públicos. Um coisa é ser covarde. Outra é mentir".