Tecnologia

WhatsApp cresce na consulta de notícias em detrimento do Facebook

Estudo feito com 74 mil consumidores de noticias em 37 países, estimou, por exemplo, que 48% dos consultados no Brasil se informam com o app de mensagens

WhatsApp: confiança média nas notícias se manteve estável em 43%, mas só 23% afirmaram confiar nas notícias que encontram em redes sociais (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

WhatsApp: confiança média nas notícias se manteve estável em 43%, mas só 23% afirmaram confiar nas notícias que encontram em redes sociais (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2018 às 19h59.

O consumo de notícias está se transferindo cada vez mais de redes sociais como Facebook para plataformas de mensagens como o WhatsApp, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira, que constata também o aumento da desconfiança em relação às notícias nestas plataformas.

O relatório do Instituto Reuters, que analisou 37 países de cinco continentes, concluiu que o consumo de notícias nas redes sociais caiu 6% nos Estados Unidos em relação ao ano passado.

"Quase toda a queda se deve à redução da descoberta, publicação e compartilhamento de notícias no Facebook", disse o principal autor do estudo, Nic Newman, um dos criadores do site da BBC News.

A imagem do Facebook sofreu o pior golpe de sua história neste ano, quando se soube que dados privados de seus usuários eram usados irregularmente com fins políticos.

O caso levou muitas pessoas no mundo todo a abandonarem o Facebook e passarem mais tempo no WhatsApp e Instagram, embora ambos sejam propriedade do Facebook.

O estudo "2018 Digital News Report" estimou que cerca de metade dos consultados na Malásia (54%) e Brasil (48%) usam agora o WhatsApp, como um terço dos entrevistados na Espanha (36%).

O relatório, elaborado a partir de uma pesquisa feita pela empresa YouGov com 74.000 consumidores de notícias na internet, mostrou também o aumento do uso do Instagram na Ásia e América do Sul, enquanto o Snapchat avançou na Europa e Estados Unidos.

A confiança média nas notícias se manteve estável em 43%, mas só 23% afirmaram confiar nas notícias que encontram em redes sociais.

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