A biografia autorizada de Steve Jobs, de Walter Isaacson, é o livro mais vendido do ano na Amazon (Divulgação)
Maurício Grego
Publicado em 17 de dezembro de 2011 às 14h39.
São Paulo — O biógrafo Walter Isaacson não pode, é claro, lançar uma continuação da biografia de Steve Jobs. Mas ele planeja expandir o livro, que já tem 624 páginas na versão brasileira e se mantém em primeiro lugar nas listas dos mais vendidos em muitos países, incluindo o Brasil.
Isaacson falou sobre o tema durante uma palestra em São Francisco nesta semana, como conta o noticiário americano CNN. Uma das ideias dele é produzir uma edição anotada, com observações e relatos adicionais sobre os dois anos em que conviveu com o fundador da Apple. Outro plano é escrever um adendo sobre fatos que ocorreram na época da morte de Jobs, em outubro.
Durante o evento em São Francisco, Isaacson também revelou que Jobs participou da escolha da capa do livro. O empresário queria que o design da obra tivesse o mesmo estilo limpo e elegante dos produtos da Apple. Ele chegou a ameaçar – supostamente por brincadeira – parar de dar entrevistas a Isaacson se não pudesse interferir na capa.
Outra revelação é que houve um assunto sobre o qual Jobs se negou a falar: filantropia. Mesmo sob pedidos insistentes de Isaacson, Jobs fez questão de se manter longe do tema. Sabe-se que ele foi procurado por Bill Gates que, junto com Warren Buffett, iniciou uma campanha para que os bilionários contribuíssem mais com causas filantrópicas. Mas o homem da maçã, ao que parece, disse não.
No livro, Isaacson descreve Jobs tratando com desprezo o fundador da Microsoft e isso inclui as atividades beneficentes a que ele se dedica desde 2000. “Bill não tem imaginação e nunca inventou nada. É por isso que ele está mais confortável agora na filantropia do que na área de tecnologia”, disse Jobs.