A Vivo acabou pagando mais do que a Oi, vencedora do leilão do lote seguinte (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2012 às 13h49.
Brasília - Em uma disputa acirrada, a Vivo venceu um dos lotes mais cobiçados do leilão de internet móvel 4G – o terceiro, referente à subfaixa X, no valor de 1,050 bilhão de reais. O montante corresponde a um ágio de 66,01% sobre o preço inicial de 630,191 milhões de reais.
Com isso, a Vivo também terá de fazer a administração da internet rural no interior de São Paulo (todo o estado exceto grande SP), Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas. A Vivo pagou mais caro do que a Claro pela mesma qualidade e tamanho de faixa, de 20 mil MHZ. A Claro pagou 844,52 milhões de reais pelo segundo lote (subfaixa W).
O leilão do lote três teve cinco rodadas de propostas da Vivo e da Oi até que se chegasse a um lance final. A última proposta da Oi foi de 1 bilhão de reais, o que evidenciou a vontade da empresa em ganhar mercado e disputar com as maiores. A Tim desistiu na primeira rodada, ação tomada desde o início do leilão, já que a companhia demonstrou claro interesse nas subfaixas menores, mas também cobiçadas, V1 e V2 (correspondentes aos lotes 4 e 5).
Desta forma, a Tim conseguiu arrematar o quarto lote disputado, da subfaixa V1, de 10 mil MHz, por 340 milhões de reais, ágio de 7,9% sobre o valor base de 315,096 milhões de reais. Com isso, ela também terá que gerenciar redes locais de banda larga rural (de frequência 450 MHz) nos estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.
A companhia acabou pagando mais do que a Oi, vencedora do leilão do lote seguinte, de iguais condições (10 mil MHz). A Oi acabou pagando 330,851 milhões de reais pelo lote, com ágio de 5%. A Tim chegou a disputar esta subfaixa também. A Oi terá ainda de gerenciar o sistema de internet das áreas rurais do Centro Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal).
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já arrecadou 2,565 bilhões de reais com os quatro primeiros leilões.