Fachada da Telefônica/Vivo: por enquanto, somente o Bradesco terá o serviço, mas a operadora está conversando com outras instituições financeiras (ALEXANDRE BATTIBUGLI)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2013 às 11h38.
São Paulo - A Telefônica/Vivo lançará uma solução de pagamento móvel que funciona pela tecnologia de comunicação por proximidade de campo (NFC) no início do ano que vem. Em janeiro deste ano, a operadora já havia anunciado a parceria com o Bradesco para um serviço da carteira eletrônica voltada para usuários de smartphones com contas bancárias.
A solução está em fase final de testes com funcionários e deve ser implementada em algumas cidades ainda este ano. "Fizemos um acordo e compramos uma plataforma de TSM (Trusted Service Manager), que é aquela na qual o banco conversa com a operadora para trocar informações do usuário e permitir a transação por NFC. Vamos anunciar a compra nesta semana", conta o diretor de serviços digitais da Telefônica/Vivo, Maurício Romão.
Por enquanto, somente o Bradesco terá o serviço, mas a operadora está conversando com outras instituições financeiras. "Gostaríamos que todos os bancos tivessem a mesma solução", diz Romão.
A expectativa para o lançamento é boa, embora Romão reconheça que ainda há muitas barreiras para o NFC. "Sem dúvida é a melhor tecnologia de hoje para pagamentos móveis, mas é necessário construir uma infraestrutura para isso e o cliente precisa dar um passo em direção ao serviço, pois nem todos os smartphones são compatíveis com a tecnologia; portanto, ele teria que trocar de aparelho." O executivo também destaca que além do smartphone, é necessário que o chip esteja habilitado para NFC e que os pontos de venda tenham o leitor da tecnologia. "O mercado de pagamentos móveis por NFC vai acontecer, mas é um processo lento. Mas é fato que todo mundo está se movimentando nessa direção para não ficar para trás", afirma.
Durante o evento Mobile Payments nesta terça-feira, 10, o executivo destacou que o varejo é a área mais interessante em termos de receita para o serviço de carteira eletrônica. O usuário poderia, por exemplo, receber ofertas de lojas de acordo com a sua localização e criar laços de fidelização com estabelecimentos de forma mais simples do que com cartões ou vouchers físicos.