Vivo: o novo serviço poderá democratizar o pagamento online, sobretudo entre as classes de renda mais baixa, dizem diretores (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 18h02.
São Paulo - A Telefônica Vivo espera reduzir os custos com as recargas de telefone celular, cujo volume mensal de operações ultrapassa 50 milhões, a partir de uma parceria com a multinacional de pagamentos PayPal. Os clientes da Vivo poderão enviar e receber pagamentos por meio de seus aparelhos celulares, assim como efetuar a recarga dos dispositivos no próprio telefone. "É um novo meio de pagamento para facilitar a recarga", disse o diretor-geral da operadora, Paulo Cesar Teixeira, em entrevista a jornalistas. O executivo evitou, porém, divulgar metas de crescimento desse serviço dentro do negócio de dados da companhia.
O novo serviço poderá democratizar o pagamento online, sobretudo entre as classes de renda mais baixa, na opinião do diretor-executivo de marca, novos negócios e estratégia da Vivo, Christian Gebara. "O mobile payment é uma grande tendência", disse, destacando que mais de 80% da base de clientes de telefonia celular é do tipo pré-pago. Para fazer pagamentos e recarregar a conta o cliente precisará estar vinculado à PayPal. Para isso, é necessário fazer um cadastro via internet.
Não há cobrança dos clientes pela recarga dos créditos. Já para os pagamentos será debitado um valor de R$ 1,00 por transação de pagamento a pequenos comerciantes, como manicures, ou prestadores de serviços, como taxistas. O presidente da PayPal na América Latina, Mario Mello, disse que as taxas cobradas para quem receber o pagamento ficarão entre 5,4% a 6,4%, dependendo da transação, e com disponibilização 24 horas.
O serviço permite transações de pagamento via qualquer aparelho celular, por meio de uma tecnologia similar à utilizada em mensagens de texto (SMS), inclusive para os modelos mais simples, com tecnologia GSM, sem necessidade de acesso à internet. Todas as operações a cargo da PayPal serão protegidas e monitoradas por uma equipe antifraude. Segundo as empresas, as informações dos clientes são armazenadas de acordo com critérios internacionais de proteção de dados.