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Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 14h57.
Berlim - Os vírus de computadores podem representar ameaças tão grandes como ataques terroristas e em cerca de dez anos poderão provocar destruição física, disse nesta segunda-feira o fundador e executivo-chefe da companhia de segurança tecnológica Kaserpky Lab, Eugene Kasperky, durante a conferência DLD13, que está sendo realizada em Munique, na Alemanha.
As tecnologias para internet evoluem a um ritmo muito rápido, assim como as "ameaças cibernéticas", afirmou o especialista russo. As prisões nos Estados Unidos, por exemplo, estão conectados à rede e seria factível os réus conseguirem abrir as portas das penitenciárias por meio de seus celulares inteligentes, previu.
"O sistema é muito vulnerável e os programas cada vez mais sofisticados", opinou. Se um criminoso comum é como uma bicicleta, vírus como o programa de espionagem "Outubro Vermelho", recentemente descoberto, é como uma estação espacial, disse o analista.
As ameaças geradas por estes programas maliciosos modernos são comparáveis a ataques terroristas, acrescentou. O analista em vírus cibernéticos Mikko Hypponen, da empresa F-Secure Corporation, disse que no futuro as guerras também serão travadas a partir dos computadores, pois o potencial destruidor dos programas maliciosos é imenso e absolutamente comparável ao das armas tradicionais.
Segundo o especialista, "a guerra cibernética se dirige contra a infraestrutura", por isso é totalmente factível que os vírus alterem o funcionamento de centrais energéticas e instalações industriais, com consequências imprevisíveis. "Antes de se disparar armas se optará por ataques cibernéticos contra o abastecimento elétrico e de água", afirmou Hypponen.
A nona edição da DLD (Digital Life Design), uma das principais conferências internacionais sobre o mundo digital, começou ontem e irá se encerrar amanhã.