O Viber fará ligações gratuitas para telefones fixos no Brasil (Divulgação/Viber)
Victor Caputo
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 18h00.
São Paulo – O aplicativo de mensagens instantâneas Viber anunciou hoje que irá permitir que seus usuários façam ligações para telefones fixos brasileiros sem que seja necessário pagar qualquer taxa. A ação faz parte de uma estratégia agressiva por parte do Viber para tomar a liderança do WhatsApp no Brasil.
A tecnologia é bem parecida com o que o Skype, da Microsoft faz. Com ele, é possível fazer ligações para telefones fixos, desde que o usuário tenha comprado créditos para isso.
"Essa ação estava marcada para ser lançada nas próximas semanas. Com o aumento no número de downloads do nosso aplicativo, principalmente por contas das pessoas que estavam fugindo do WhatsApp depois que ele foi comprado pelo Facebook, nos fez adiantar o lançamento. Nesse momento, o Brasil é o único país do mundo a ter essa ação", afirmou Luiz Felipe Barros, gerente do Viber no Brasil.
O período para a realização das ligações gratuitas pelo VIber será de duas semanas. Depois disso, os usuários continuarão tendo direito desde que a quantidade de mensagens trocadas aumente em 25% por semana. Caso ele alcance o aumento, ganha o direito de fazer as ligações por mais sete dias.
Competição
A ideia da empresa é que o incentivo de que haja um aumento de 25% no volume de mensagens de texto por usuário reflita em um aumento de 25% no quantidade nacional. Isso ajudaria o Viber em sua meta de bater o WhatsApp.
O Viber tem cerca de 400 milhões de usuários ao redor do mundo, 11 milhões deles no Brasil. O WhatsApp, no momento de aquisição do Facebook contava com 450 milhões (o número provavelmente aumentou após a compra) e não divulga os números regionais.
Fundados por israelenses, recentemente o Viber foi comprado pela empresa japonesa Rakuten por 900 milhões de dólares. Na semana passada o Facebook adquiriu o WhatsApp por 19 bilhões de dólares.
"Eu acredito que o valor pego pelo Viber seja uma negociação com o pé no chão. Obviamente que 19 bilhões de dólares é um valor completamente fora do real", comentou Barros sobre as negociações.