Tablet: para consumidor ouvido pela GfK, principal atributo de compra para tablets deixou de ser capacidade de memória (2012) para dar lugar ao quesito preço (2013) (Frederick Florin/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 18h57.
São Paulo - Entre janeiro e agosto deste ano, o número de marcas de tablets no Brasil saltou de 24 para 47 em relação ao mesmo período de 2012. São 244 modelos no mercado contra 83 no ano passado, uma diversificação que contribuiu para o aumento de produtos com a conectividade apenas Wi-fi (sem 3G/4G).
Com a entrada de produtos mais baratos, o impacto no preço médio foi de 42%. Os dados constam do estudo divulgado pela GfK – quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo – na 10ª Conferência Anual da GfK. O evento, realizado esta semana, em São Paulo, teve como tema “O impacto do momento político e econômico do Brasil no consumo de bens duráveis”.
“Com novos entrantes na categoria, o produto ficou mais acessível. Isso gerou um crescimento de três dígitos: 228% foi o crescimento no número de unidades vendidas de tablets entre 2012 e 2013 (jan-Ago) no Brasil. Dos consumidores que compraram o produto, 47% utilizaram a internet, 34% loja de shopping e 14% loja de rua”, afirma Alex Ivanov, Gerente da Área Digital da GfK.
Entre os dois anos, houve aumento principalmente dos tablets abaixo de R$300,00, que representam atualmente mais de 1/3 das vendas da categoria. Entre os produtos 3G/4G, com posicionamento de preço mais elevado, a queda de preço ocorreu com o aumento de produtos na faixa de R$800 – R$1.100.
Para o consumidor, ouvido pela GfK em uma pesquisa realizada em outubro nas principais capitais, o principal atributo de compra para tablets deixou de ser a capacidade de memória (2012) para dar lugar ao quesito preço, (2013).
A categoria de notebooks representa 51% do volume de IT formado por Desktops, AIO, Netbook e Tablets em Agosto/13. No período de janeiro a agosto de 2013, comparado com o mesmo período do ano anterior apresenta crescimento de 3% em volume e 8% em valor, com acréscimo no preço médio do produto de 5%.
O canal de vendas especializado em eletrônicos ganhou importância nesta categoria, e passa a representar 55% do volume da categoria, devido principalmente ao aumento de 16% no número de itens disponíveis. As faixas de preço mais altas, acima de R$1500 foram as que mais cresceram em volume (+4pp) e passam a representar pouco mais de 1/4 do volume vendido.
O consumidor, que em 2012 dizia que o preço era o quarto item a pesar na decisão de compra, em 2013 indica este item passa a ser o primeiro atributo no processo de escolha seguido pela marca do fabricante.
Smartphones
De acordo com a GfK, o crescimento do mercado de IT/Telecom no mundo e no Brasil é puxado especialmente por tablets e smartphones. Em unidades vendidas, a maior evolução entre 2012 e 2013 ficou com países da Ásia e Oceania (86%), América Latina (84%) e Leste Europeu (51%).
No Brasil, o crescimento em volume do mercado de smartphones foi de 84% entre jan-ago 2012 X jan-ago 2013, enquanto o de celulares convencionais caiu 32%. Em valor, os smartphones cresceram 76% contra queda de -38% dos celulares.
Segundo a pesquisa da GfK com consumidores, os smartphones lideram a lista de produtos adquiridos nos últimos seis meses (41%), seguidos por televisão de tela fina (33%) e celular (30%). Também se destacam no ranking da intenção de compra para os próximos seis meses: TV de tela fina (32%), smartphone (30%), notebook (24%) e tablet (22%).
Em 2013, 46% dos smartphones vendidos no Brasil possuem câmera digital com resolução mínima de 5 megapixel. A GfK também identificou o aumento da importância para a categoria de aparelhos com: melhor resolução de câmera, telas maiores, além do aumento da oferta de modelos MULTISIM CARD e SIM FREE.
“Os dados levantados até o momento permitem afirmar que o mercado de smartphones no Brasil deverá fechar 2013 com um crescimento em volume de 75% em relação a 2012, enquanto tablets sobe mais de 200%”, conclui Ivanov.