Comparando com o mesmo período em 2010, o volume de smartphones vendidos pela empresa caiu 38%, passando de 27,1 milhões para 16,8 milhões (Raul Júnior/VOCÊ S/A)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 09h07.
São Paulo - A Nokia continua no vermelho. A empresa divulgou nesta quinta-feira, 20, seu balanço do terceiro trimestre, no qual registrou prejuízo operacional de 71 milhões de euros e uma receita líquida de 8,98 bilhões de euros, 13% a menos que no mesmo trimestre do ano passado.
O prejuízo no período entre julho e setembro não chegou a ser tão grave quanto no segundo trimestre, quando houve um resultado negativo de quase meio bilhão de euros, mas ainda é preocupante quando se analisam os números na área de handsets, que responde pela maior parte da receita da companhia.
Comparando com o mesmo período em 2010, o volume de smartphones vendidos pela empresa caiu 38%, passando de 27,1 milhões para 16,8 milhões. O segmento de aparelhos de gamas baixa e média, que a companhia classifica como "mobile phones", registrou aumento de 8% no mesmo intervalo, aumentando de 83,3 milhões para 89,8 milhões.
O problema é que a margem de lucro é mais alta em smartphones, enquanto nas celulares mais baratos existe uma forte competição por preço com fabricantes chineses. Como conseqüência, a receita líquida da Nokia com handsets diminuiu 25%, caindo de 7,17 bilhões de euros para 5,39 bilhões de euros, e seu lucro operacional com esses produtos despencou 84%, baixando de 807 milhões de euros para 132 milhões de euros.
Os resultados consolidados da Nokia incluem também as operações da Navteq, sua empresa na área de serviços de navegação e mapas, e da Nokia Siemens Networks, seu braço de infraestrutura de redes celulares. Esta última registrou um aumento de 16% em sua receita líquida, passando de 2,94 bilhões de euros para 3,41 bilhões de euros.
Seu prejuízo operacional diminuiu de 282 milhões de euros para 114 milhões de euros. A receita líquida da Navteq, por sua vez, foi de 241 milhões de euros, ou 4% a menos que no terceiro trimestre do ano passado. Seu resultado final foi um prejuízo operacional de 45 milhões de euros, ante 48 milhões de euros no negativo um ano atrás.