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Venda de smartphone Motorola decepciona; iPhone é obstáculo

Declínio já começou quando a maior cliente da empresa, a Verizon, anunciou que também venderia o aparelho da Apple

CEO da Motorola, Sanjay Jha: "eu esperaria queda maior que 7% a 10%" (Ethan Miller/Getty Images)

CEO da Motorola, Sanjay Jha: "eu esperaria queda maior que 7% a 10%" (Ethan Miller/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 19h09.

Nova York - A Motorola Mobility Holdings já está sentindo a pressão do próximo iPhone da Apple e previu queda maior que a usual nas vendas deste trimestre, como resultado.

Nas cerca de duas semanas depois que a maior cliente da Motorola, a Verizon Wireless, revelou planos para começar a vender o iPhone, em fevereiro, a Motorola já percebeu um declínio em suas vendas de smartphones, disse o presidente-executivo Sanjay Jha na quarta-feira.

As vendas de celulares da Motorola tipicamente caem entre sete por cento e 10 por cento no primeiro trimestre, ante o trimestre precedente, o das festas de final de ano.

"Eu esperaria queda maior que sete a 10 por cento", disse Jha aos analistas no primeiro pronunciamento da empresa quanto a seus resultados depois da cisão que a tornou independente.

A Verizon vinha promovendo vigorosamente os celulares Motorola há mais de um ano, para ajudá-la a concorrer com a AT&T, que durante três anos foi a única operadora norte-americana a oferecer o iPhone.

Agora que é provável que a Verizon tenha o iPhone como seu principal aparelho, a Motorola precisa trabalhar com afinco para reduzir sua dependência com relação à maior operadora norte-americana de telefonia móvel. A companhia já revelou planos para um novo modelo de alta potência, que terá uma versão destinada à AT&T, mas ele não aparecerá até o final do trimestre.

A Motorola embarcou 4,9 milhões de smartphones no trimestre, ante expectativas de 5,2 milhões da parte de seis analistas consultados pela Reuters.

As vendas inferiores às esperadas se deveram à demanda mais baixa do que se previa para os smartphones de preços mais baixos, de acordo com Jha, que disse que os consumidores norte-americanos preferem modelos mais caros.

A empresa informou que sua unidade de telefonia apresentaria margem de lucro operacional de um dígito, após os impostos, em 2011, o que representa melhora significativa ante o prejuízo registrado em 2010.

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