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Vendas de computadores da Apple desabam com a crise do coronavírus

Dados da consultoria IDC mostram que a Apple foi a fabricante que mais perdeu vendas no primeiro trimestre com a pandemia do novo coronavírus

Loja da Apple nos Estados Unidos: os embarques de computadores da empresa caíram 20% em meio à pandemia (Justin Sullivan/Getty Images)

Loja da Apple nos Estados Unidos: os embarques de computadores da empresa caíram 20% em meio à pandemia (Justin Sullivan/Getty Images)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 13 de abril de 2020 às 18h25.

As vendas de computadores da Apple tiveram uma queda histórica nos três primeiros meses do ano por causa da crise causada pelo novo coronavírus. Segundo os dados divulgados pela consultoria IDC nesta segunda-feira, o número de computadores vendidos pela empresa caiu 20% em relação ao mesmo período do ano passado. É a maior retração na história recente da empresa, segundo a consultoria.

O levantamento mostra que o número de computadores embarcados pela Apple caiu de 3,9 milhões de unidades em 2019 para 3 milhões no primeiro trimestre deste ano. Entre as cinco maiores fabricantes de PCs e notebooks do mundo, a Apple é que a que mais perdeu com a pandemia, seguida da HP (-14%), da Acer (-10%) e da Lenovo (-4%). A americana Dell foi a únca que registrou crescimento no período, com um aumento de 1% no número de computadores embarcados.

A queda nas vendas da Apple contribuiu para um declínio de 9,8% nos embarques de PCs e notebooks nos três primeiros meses do ano ao todo. O resultado mostra que a crise do novo coronavírus terá um impacto significativo para toda a cadeia envolvida na fabricação de computadores pelo mundo.

A queda nas vendas foi maior na Ásia, uma vez que a China passou boa parte dos três primeiros meses do ano em quarentena. A paralisação das fábricas e as medidas de isolamento fizeram as vendas de computadores desabarem no país. Entretanto, os embarques de computadores também tiveram queda significativa nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na América Latina, segundo a consultoria.

No total, foram embarcados 53,2 milhões de computadores e notebooks no mundo no primeiro trimestre. Em 2019, foram 59 milhões de unidades no mesmo período.

A crise pegou a indústria de computadores de surpresa e justamente num momento em que havia uma expectativa de recuperação das vendas, depois de anos de declínio. Nos últimos três trimestres de 2019, o número de computadores vendidos no mundo cresceu, puxado pelas compras por parte das empresas, que buscavam atualizar suas máquinas para o novo Windows 10. A tendência agora é que as novas aquisições sejam adiadas.

A queda no mercado de PCs também foi verificada pela Gartner, outra importante consultoria da indústria de tecnologia. Os números da empresa mostram uma retração de 12,3% no primeiro trimestre, com 51,6 milhões de computadores embarcados. Segundo a consultoria, é a maior queda registrada pelo setor desde 2013.

A redução foi puxada principalmente pela China, onde as vendas caíram mais de 30%. Na região que abarca a Europa, o Oriente Médio e a África, houve uma queda de 7%, enquanto, nos Estados Unidos, houve um pequeno aumento de 0,8%.

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