Tecnologia

Vendas de celulares piratas serão 150 mi em 2013

Segundo projeção da ARCchart, a venda de celulares piratas deve atingir o seu auge

Maioria dos celulares piratas é produzida na China, devido à presença de um grande número de fábricas que atuam em regime de terceirização

Maioria dos celulares piratas é produzida na China, devido à presença de um grande número de fábricas que atuam em regime de terceirização

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 13h25.

São Paulo - Em 2013, as vendas de celulares piratas devem atingir o seu auge, com 150 milhões de unidades comercializadas globalmente, segundo projeção feita pela inglesa ARCchart em relatório divulgado esta semana.

Depois desse ano, o volume de celulares piratas deve cair, acompanhando uma queda do mercado de handsets em geral, em razão da desaceleração da penetração de telefonia móvel em países emergentes. Até então, o auge desse segmento fora atingido em 2011, com 125 milhões de unidades comercializadas no mundo.

A maioria dos celulares piratas é produzida na China, devido à presença de um grande número de fábricas que atuam em regime de terceirização, algumas delas completamente ilegais. Esse mercado, conhecido no exterior como "grey market", em inglês, foi notado pela primeira vez em 2005, na China, e vem crescendo desde então, tendo se espalhado da Ásia para o resto do mundo.

Os aparelhos são cópias de modelos de marcas famosas, como Nokia, Samsung e Apple. São celulares que usam números de registro (IMEI) falsos e não são homologados pelos órgãos reguladores de telecomunicações. Geralmente são vendidos em estabelecimentos comerciais de pequeno porte, não raro tendo sido importados de maneira clandestina.

Embora tenham começado visando o segmento low end, os aparelhos piratas logo se estenderam para gamas mais altas, focando em consumidores que querem smartphones mas não têm dinheiro para pagar por um produto "de marca". A ARCchart calcula que os handsets piratas são vendidos em uma faixa de preço entre US$ 60 e US$ 120, atualmente.

Não demorou para o crescimento desse mercado ilegal incomodar os grandes fabricantes. A própria Nokia, enquanto ainda era a líder mundial em vendas de celulares, relatou o problema pela primeira vez em um de seus balanços trimestrais dois anos atrás, passando a incluir esses aparelhos em suas estimativas sobre o tamanho do mercado mundial de telefones móveis.

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