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Venda de armas bate recorde nos EUA na "Black Friday", diz FBI

Durante todo o mês de novembro, o FBI processou mais de 1,8 milhão de controles de antecedentes, 12% a mais do que em outubro.

armas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 16h12.

A venda de armas de fogo durante a "Black Friday" nos Estados Unidos bateu um novo recorde, com o FBI fazendo 175 mil verificações de controles de antecedentes criminais, três vezes mais do que a média diária, conforme informou a agência nesta terça-feira à rede de TV "CNN".

A "Black Friday", que dá início aos descontos da temporada de compras de Natal, é um dos dias do ano com a maior vendagem de armas de fogo e de mais trabalho para o FBI, já que para adquirir uma arma o comprador precisa passar por uma verificação de antecedentes criminais. Por lei, o FBI deve fazer a revisão dos antecedentes de uma pessoa que queira adquirir uma arma em três dias úteis e, se tiver sinal verde, a finalização da compra depende unicamente da decisão do vendedor.

Durante todo o mês de novembro, o FBI processou mais de 1,8 milhão de controles de antecedentes, 12% a mais do que em outubro.

Apesar do recorde da última "Black Friday", o dia em que os Estados Unidos registraram a maior venda de armas da sua história foi 21 de dezembro de 2012, quando mais de 177 mil verificações foram feitas. Esse auge aconteceu pelo medo da implantação de maiores controles para a compra de armamento após o massacre ocorrido uma semana antes na escola primária Sandy Hook, em Newtown (Connecticut), onde foram assassinadas a tiros 20 crianças e seis mulheres.

Por causa desses massacres, o presidente Barack Obama impulsionou medidas para reformar a legislação, mas o Congresso não aprovou sequer a que tinha mais consenso: uma melhora do sistema de verificação de antecedentes para impedir que as armas cheguem aos criminosos ou a pessoas com problemas mentais.

Em junho, após um tiroteio em uma escola de ensino médio do Oregon, Obama sustentou que sua "maior frustração" como líder foi o fracasso em sua tentativa de endurecer as leis de controle de armas no país.

Os eleitores de Washington aprovaram o aumento do controle para a compra de armas de fogo no estado em um referendo realizado em 4 de novembro, duas semanas após um tiroteio em um instituto da cidade de Marysville, no qual morreram quatro jovens e o criminoso, que se suicidou.

 

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