flash (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2015 às 07h00.
A empresa de spyware Hacking Team foi invadida no começo da semana, vazando 400 GB de arquivos confidenciais e códigos fontes. Além de documentos mostrando que a empresa italiana prestava serviços para ditaduras, os arquivos mostram que a Hacking Team explorava graves vulnerabilidades em softwares bastante populares.
Segundo o site The Register, os documentos vazados revelam que a empresa descobriu duas falhas que, até agora, eram desconhecidas. Elas afetariam o Adobe Flash e um driver de fontes, também da Adobe no Windows.
A Hacking Team descreve a falha no programa da Adobe como "a mais bela vulnerabilidade no Flash dos últimos quatro anos", sugerindo que a empresa poderia estar usando o bug para praticar spyware há algum tempo. Os documentos mostram que a Hacking Team usou essa vulnerabilidade para instalar malwares que monitoravam e controlavam remotamente outros PCs.
A falha permitia que invasores executem códigos na máquina da vítima por meio de um site. A falha afeta as versões do software para Windows, OS X e Linux, e pode ser usada contra navegadores como o Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e o Safari, da Apple.
A Adobe declarou que tomou ciência da vulnerabilidade e está planejando lançar uma correção ainda nesta quarta-feira (8).
A outra falha afeta um driver de fontes da Adobe no Windows. Todas as versões de 32-bit e 64-bit do Windows são afetadas pelo bug, desde o Windows XP até a versão 8.1 do sistema operacional, segundo os pesquisadores.
A vulnerabilidade permite que invasores aumentem o nível de privilégios que possuem em uma máquina para o grau de administrador, e deveria seria usada simultaneamente à vulnerabilidade no Flash.
"Acreditamos que o risco é limitado para os consumidores em geral, já que, sozinha, essa vulnerabilidade não pode permitir que um adversário tome controle de uma máquina", afirmou um porta-voz da Microsoft ao site The Verge. "Encorajamos os clientes a aplicar a atualização da Adobe e estamos trabalhando em uma correção."
Fonte: The Register