Tecnologia

USP está no top 10 de universidades de países emergentes

O índice é baseado em 5 indicadores: trabalhos em inovação, qualidade de ensino, impacto das citações, pesquisa e alcance internacional

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (WikeMedia Commons)

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (WikeMedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 09h17.

A Universidade de São Paulo entrou para o top 10 entre as melhores no ranking de países emergentes, de acordo com a lista divulgada nesta quarta-feira, 3, pela Times Higher Education (THE), que faz as principais medições de qualidade das universidades do mundo. A USP ficou em 10º lugar. Esta é a segunda vez que o recorte do ranking de países em desenvolvimento é publicado - o primeiro foi divulgado em dezembro de 2013.

As outras três universidades do Brasil que estão entre as 100 melhores na lista caíram em relação ao ano passado. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi a que mais perdeu posições - foi de 87.ª para 97.ª. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) oscilou do 24.º lugar para o 27.º. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) caiu de 60.º para 61.º.

O índice é baseado em cinco indicadores: trabalhos em inovação, qualidade de ensino, impacto das citações, pesquisa e alcance internacional. Neste ano, houve alteração na metodologia do estudo, que até o ano passado era equivalente ao ranking global do THE e exigia, por exemplo, que as instituições publicassem pelo menos 200 artigos científicos por ano ao longo de cinco anos. O número foi reduzido para 100.

Além disso, o peso dado para a influência da pesquisa caiu para 20% - 10% menor do que nos rankings mundiais. O quesito inovação foi aumentado de 2,5% para 10%, enquanto o peso do alcance internacional subiu de 7,5% para 10%.

Para o editor dos rankings da THE, Phil Baty, o quadro geral no Brasil é de estagnação, apesar de a USP ter subido uma posição e alcançado o top 10. "As universidades brasileiras tendem a ser relativamente fracas no alcance internacional, que é um ponto importante. As colaborações, diálogo sobre as diferentes práticas entre os países e trabalho em equipes internacionais são ingredientes importantes para garantir universidades globalmente competitivas."

Balanço

O índice mostrou 18 países na edição deste ano. O Brasil é o sétimo na lista entre os que mais emplacaram universidades no top 100, com quatro instituições. Acima do País, estão África do Sul (5), Rússia (7), Turquia (8), Índia (11), Taiwan (19) e China (27).

A Unicamp comemorou a participação no ranking em nota e fez ressalvas. "A redução relativa na captação de recursos para pesquisa com as empresas tem relação com o cenário econômico vigente no período referente aos dados utilizados pelo THE", disse a nota.

A Unesp reforçou a presença entre as únicas quatro universidades brasileiras no ranking e afirmou que a pró-reitoria vai analisar o resultado. Procuradas, USP e UFRJ não comentaram os resultados.

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