Tablet e smartphone: cerca de 45% dos executivos entrevistados indicaram que estão acompanhando evolução das vendas através de plataformas de mídia social (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 18h18.
São Paulo - Depois da enorme popularidade alcançada entre os internautas de 18 anos ou mais, as mídias sociais começam cada vez mais a ganhar terreno no mundo dos negócios, seja para impulsionar vendas, seja para monitorar marcas ou produtos, revela um estudo do Centro de Pesquisa de Marketing da Universidade de Massachusetts Dartmouth, que procura mostrar o uso das ferramentas sociais nas empresas de crescimento mais rápido nos EUA e no mundo.
De acordo com o levantamento, o LinkedIn registrou crescimento de 88% no ano passado, mantendo-se em primeiro lugar entre as 500 maiores companhias do mundo, com base no ranking Fortune Global 500 e Inc. 500.
A pesquisa aponta que o site de contatos profissionais tem alcançado rápida penetração no mundo dos negócios, além de mostrar que o uso das mídias sociais dentro das empresas mudou radicalmente nos últimos 12 meses.
O estudo, que em 2013 incluiu pela primeira vez o Google+ e o Instagram, revela também que os sites de compartilhamento de fotos e vídeos — tais como YouTube, Pinterest e o próprio Instagram — estão se tornando cada vez mais atraentes para as empresas e cresceram em popularidade no ano passado.
A mesma tendência vem sendo verificada entre os sites de relacionamento, tanto que o Facebook voltou a crescer em 2013 nas empresas, para 84%, depois de cair 7% em 2012. Pela ordem, o Twitter cresceu 7%; os blogs, 8%; o Pinterest, 15 %; e o YouTube, 20%.
Segundo o relatório, as empresas percebem o Twitter como a plataforma que tem o maior potencial para ajudar a impulsionar as vendas.
O resultado difere bastante do apresentado em 2007, quando foi realizado o primeiro estudo sobre o uso de mídias sociais.
Naquela ocasião, 8% das empresas da Fortune 500 utilizavam blogs como plataforma de auxílio aos negócios na comparação com 19% da Inc. 500.
Estes índices se mantiveram praticamente estáveis nos últimos sete anos, e o padrão atual se mantém em 52% das empresas da Inc. 500 que utilizam blogs, contra 34% da Fortune 500. Ambos os grupos continuam a aumentar o uso dessa ferramenta, segundo o relatório.
Tecnologias móveis
A pesquisa consultou executivos em cargos de direção em empresas com faturamento anual entre US$ 3 milhões e mais de US$ 200 milhões.
Quando questionados sobre quais plataformas de mídia social sentiam ter maior potencial para auxiliar no crescimento do negócio, 61% dos entrevistados apontaram o Twitter, enquanto 55% indicaram o Facebook e 31%, o Pinterest.
As outras opções citadas como plataformas com potencial para impulsionar as vendas foram o LinkedIn e o YouTube.
Cerca de 45% dos executivos entrevistados indicaram que estão acompanhando a evolução das vendas através de plataformas de mídia social.
Quando solicitados a estimar o percentual total de vendas anuais provenientes do Facebook, Twitter e Pinterest, 50% disseram acreditar que elas são limitadas a menos de 1%.
Mesmo assim, 2% estimam que mais de 10% de suas vendas anuais advêm do Facebook, Twitter ou Pinterest. Entre aqueles que não utilizam mídias sociais para acompanhamento das vendas, 29% disseram que pretendem aderir a essas ferramentas nos próximos 12 meses.
Além disso, o relatório indica que 59% das empresas monitoram suas marcas, produtos ou o nome da empresa nas mídias sociais, contra 70% em 2010.
O estudo aponta ainda que aproximadamente dois terços das 500 maiores empresas passaram a utilizar tecnologias móveis, incluindo o fornecimento de dispositivos móveis e aplicativos para download aos funcionários, além de terem adicionado recursos móveis para se conectar com seus clientes.
Destas, 92% indicaram que seu site corporativo foi otimizado para celular, 25% têm de aplicativo para download e 19% estão usando mensagem de texto em campanhas de marketing.
Em relação à estratégia de promoção online, que poderia ajudar a aumentar as vendas, a publicidade online — como banners ou links patrocinados — foi a opção mais citada por 43% dos entrevistados.
Cerca de 20% disseram preferir listar a empresa em diretórios de negócios online ou plataformas de mídia social, enquanto 17% declararam não acreditar que nenhuma dessas estratégias promocionais online iria contribuir para aumentar as vendas — esse grupo disse preferir os métodos tradicionais de venda, como o contato direto com os clientes, marketing de relacionamento e networking.