Drones: corrida entre empresas pelo modal aéreo na entrega de compras e refeições (Thinkstock/nicholashan/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de junho de 2019 às 10h06.
O UberEats, serviço de entrega de comida da startup americana, anunciou ontem que vai passar a testar o uso de drones para reduzir o tempo dos pedidos. Segundo a empresa, os veículos aéreos não tripulados devem viajar dos restaurantes até o teto de carros estacionados. Depois disso, caberá a motoristas parceiros da empresa fazer a última parte da viagem, entregando as refeições até a casa dos clientes. O sistema já está sendo testado com uma filial do McDonald's em San Diego, nos EUA.
O anúncio foi um dos destaques de ontem do Uber Elevate Summit, evento que a empresa realiza nesta semana em Washington. Até agora, empresas como Google, Amazon e até a brasileira iFood tem experimentado fazer entregas por drones em casas com quintais e espaços abertos. A solução "aérea", porém, é inviável para apartamentos - e foi por isso que o Google adotou a solução combinada entre o drone e veículos terrestres. Para ter certeza de que o drone está entregando a refeição no veículo certo, os carros serão equipados códigos QR em seu teto - as imagens devem ser lidas pelos s veículos aéreos.
Diretora global de desenvolvimento de negócios do Uber Eats, Liz Meyerdirk, destacou que o sistema permitirá que restaurantes atendam mais clientes sem ter de estarem em diferentes localidades. "As entregas com drone serão mais rápidas, o que significa que o alimento chegará mais quente e a comida terá melhor qualidade", afirmou, durante o evento. Sem fornecer números, a executiva disse que os drones devem ser capazes de superar o tempo médio de entregas feitas por motos nos EUA - de meia hora para um raio de 4,8 km (ou 3 milhas).
Segundo ela, haverá testes com outros dois restaurantes de San Diego ainda este ano - um deles, de comida mais sofisticada. Para isso, a empresa trabalha na criação de uma caixa que será acoplada ao drone para as entregas. O recipiente deverá ter espaços separados para alimentos quentes e frios. Apesar de parecer simples, o desenvolvimento do recipiente tem demandado muito trabalho, disse a executiva, que acrescentou ainda que a empresa não pretende informar aos clientes que seus pedidos foram entregues por drones.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.