O dinheiro arrecadado com a nova rodada de investimentos servirá para a empresa crescer sua frota de patinetes elétricos (Tyrone Siu/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de julho de 2018 às 17h30.
O Uber pode está a um passo de integrar os patinetes em sua plataforma de transporte compartilhado. Isso porque liderou a rodada de US$ 335 milhões recebida pela startup de patinetes Lime na segunda-feira, 10. O movimento chamou atenção porque o Uber já tinha adotado estratégia semelhante no começo ano, pouco antes de comprar a totalidade da startup de aluguel de bicicletas Jump.
Os serviços da Lime devem ficar disponíveis para usuários Uber nos próximos meses, segundo a reportagem da agência de notícias Bloomberg.
Para isso, a empresa deve colocar o seu logotipo nos patinetes e acrescentar a opção de aluguel de patinete elétrico em seu aplicativo.
Fundada na Califórnia, a Lime permite que seus clientes peguem patinetes localizados em diferentes pontos da cidade e os deixem na calçada quando não precisarem mais do serviço. A empresa atua em 70 mercados dos Estados Unidos e Europa e já levantou US$ 467 milhões em investimento desde que foi fundada, no ano passado.
O dinheiro arrecadado com a nova rodada de investimentos servirá para a empresa crescer sua frota de patinetes elétricos. O modelo é fabricado na China, mas adota design e especificações de tecnologia criadas pela Lime.
Com o novo aporte, o mercado de patinetes elétricos é avaliado em US$ 1,1 bilhão, segundo estimativa da Bloomberg.
Entre os que disputam a liderança do segmento está Travis VanderZanden, um antigo executivo do Uber que fundou a Birds Rides, em Los Angeles.
A startup de VanderZanden é avaliada em US$ 2 bilhões.
Alguns indícios levam a crer que o Uber irá comprar a empresa nos próximos meses. Um deles é que a companhia de transporte entregou uma solicitação na cidade de São Francisco para oferecer serviços de patinetes na região.
Outro indicativo são as semelhanças entre o processo de investimento da Lime e da startup de bicicletas compartilhadas Jump. A empresa de bicicletas também recebeu verba do Uber e acabou sendo comprada pela companhia de transporte meses depois.
Ambas as empresas parecem conciliar com a estratégia de Dara Khosrowshashi, que desde que assumiu a presidência da empresa, no ano passado, tem focado seus esforços em transformar o Uber em um aplicativo de transporte urbano, não somente de carros. Desde então, a empresa já anunciou investimentos em patinete, bicicletas, carros autônomos e carros voadores.