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Uber desativou freios de emergência em carro autônomo, diz relatório

Veículo autônomo em testes pela companhia de transporte atropelou e matou mulher no estado americano do Arizona em março

Carro autônomo: Volvo XC90 é normalmente equipado com sistemas automáticos de trava de emergência desenvolvidos para evitar colisões frontais (Tyrone Siu/Reuters)

Carro autônomo: Volvo XC90 é normalmente equipado com sistemas automáticos de trava de emergência desenvolvidos para evitar colisões frontais (Tyrone Siu/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2018 às 22h48.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 23h25.

Washington - O Uber desativou um sistema de freios de emergência no veículo de direção autônoma que matou uma mulher no Arizona em março, após não ter identificado a pedestre, informou a Comissão Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB, na sigla em inglês) em um relatório preliminar divulgado nesta quinta-feira.

O documento informa que os sistemas de radar modificados do Volvo 2017 detectaram a pedestre seis segundos antes do impacto, mas "o software do sistema de direção autônoma classificou a pedestre como um objeto desconhecido, como um veículo, em seguida, como uma bicicleta."

Conforme o relatório, a 1,3 segundo antes do impacto, o sistema de direção automática determinou que a frenagem de emergência era necessária.

Mas o Uber disse que as manobras de frenagem de emergência não foram ativadas enquanto o veículo estava sob controle do computador, a fim de reduzir o potencial de erro de comportamento do veículo.

O Volvo XC90 é normalmente equipado com sistemas automáticos de trava de emergência desenvolvidos para evitar colisões frontais.

O Uber, que voluntariamente suspendeu os testes após o acidente na cidade de Tempe --a primeira morte envolvendo um veículo totalmente autônomo-- disse na quarta-feira que encerraria seu programa de testes de direção autônoma no Arizona e se concentraria em testes limitados em Pittsburgh e duas cidades na Califórnia.

Em março, o governador do Arizona suspendeu a permissão do Uber para os testes, citando preocupações com a segurança.

A empresa não comentou diretamente as descobertas do NTSB, mas recentemente nomeou um ex-presidente da Comissão, Christopher Hart, como conselheiro sobre a cultura de segurança do Uber.

"Conforme a investigação continua, nós iniciamos nossa própria revisão de segurança do nosso programa de veículos autônomos", disse a empresa nesta quinta-feira, acrescentando que planeja anunciar mudanças nas próximas semanas.

Todos os aspectos do sistema de autodireção estavam operando normalmente no momento do acidente, e não havia falhas ou mensagens de diagnóstico, disse a NTSB.

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