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Uber baniu 1.600 motoristas por abuso de cancelamento de corridas

De acordo com a empresa, o comportamento não está de acordo com as políticas do seu aplicativo para smartphones

Uber: Aplicativo de transportes baniu motoristas que abusaram nos cancelamentos de corridas (Germano Lüders/Exame)

Uber: Aplicativo de transportes baniu motoristas que abusaram nos cancelamentos de corridas (Germano Lüders/Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de setembro de 2021 às 13h16.

Última atualização em 25 de setembro de 2021 às 13h21.

A Uber anunciou ter banido 1.600 motoristas do seu aplicativo nas últimas semanas devido ao abuso do recurso de cancelamento de corridas.

Com a alta de preços de combustíveis, motoristas reclamaram sobre a falta de margem de lucro na realização de corridas por aplicativos e repasses foram recentemente ajustados - depois, os condutores reclamaram do reajuste das tarifas. Nesse meio tempo, usuários reclamaram de cancelamentos recorrentes de corridas em aplicativos.

A Uber justificou o banimento de motoristas com cancelamentos que não estão de acordo com os termos de serviço do seu aplicativo para smartphones.

A Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) se pronunciou, antes do anúncio de banimento da Uber, estimando que o cancelamento de corridas afetava 15 mil pessoas.

Em julho, a Uber informou ter 1 milhão de motoristas, um salto significativo desde a sua chegada ao Brasil, em 2014, quando a companhia tinha 6 mil motoristas cadastrados em sua plataforma de transporte urbano.

Segundo pesquisa realizada em setembro de 2020 pela Opinion Box, oito em cada dez (78%) usuários de smartphones no Brasil já realizaram uma corrida por aplicativos de transporte. Entre essas pessoas, 69% disseram usar a Uber com mais frequência do que qualquer outro aplicativo, como 99.

De acordo com dados da própria empresa, foram repassados mais de R$ 68,4 bilhões aos motoristas e entregadores parceiros desde que a Uber passou a atuar no Brasil, há sete anos. A empresa reportou o pagamento de mais de R$ 4,2 bilhões em tributos de 2014 a 2020.

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