Tecnologia

Twitter estaria negociando uma possível compra do Flipboard, diz site

Segundo fontes, a rede social tem estado muito engajada a comprar o app de seleção de notícias, Flipboard. A notícia, no entanto, deixou investidores e o público perplexos

Twitter (Getty Images)

Twitter (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 11h51.

Segundo fontes do site Recode.net, o Twitter estaria conversando a respeito de uma possível compra do app para leitura de notícias, Flipboard, em um acordo que valeria à companhia 1 bilhão de dólares.

As fontes “próximas à situação” afirmam que a ideia da compra foi levantada desde o início do ano, com o CFO do Twitter, Anthony Noto, à frente das conversas. Mas, elas também afirmam que a negociação entre as duas empresas atualmente está em um impasse.

Ainda de acordo com o site, um fator intrigante sobre a negociação é o fato de que o Twitter poderia trazer para sua equipe o especialista em produtos e empreendedor Mike McCue, também cotado como possível sucessor do CEO Dick Costolo.

Conhecido no Vale do Silício como “gênio dos produtos”, McCue já chegou a ser membro do conselho do Twitter, mas acabou deixando seu posto devido a grande competição entre o Flipboard e o serviço de microblog.

Quando foi criado, o Flipboard recebeu mais de 160 milhões em investimentos de diversas empresas de capital de risco do Vale do Silício. A empresa chegou a registrar 100 milhões de usuários ativos e em sua última rodada de investimentos foi avaliada em 800 milhões de dólares e, segundo as fontes do site Recode, ela teria 50 milhões de dólares em receita.

Mas, o número de usuários ativos no serviço tem deixado a desejar, em parte porque o app já não vem mais instalado em aparelhos Samsung de fábrica. Além disso, mesmo tendo lançado há pouco tempo o recurso para “promover conteúdos” – como o Twitter já fazia – o serviço de notícias ainda tem um modelo experimental para vender anúncios.

Segundo o site Business Insider, a possível compra do Flipboard também não faria muito sentido, já que os 100 milhões de usuários que ela traria dificilmente acrescentariam na base de pouco mais de 300 milhões usuários no Twitter, uma vez que eles provavelmente já estariam na rede social. Além disso, a empresa teria acabado de abrir mão de um recurso muito parecido com o que o Flipboard oferecia: a guia “Descubra”, que foi substituída um tempo depois pela função “Enquanto você estava fora”, a qual mostra uma seleção de tuítes populares.

Mas, ainda assim, não é de se espantar que o Twitter esteja tentando trazer novos produtos para sua base. Recentemente, a gigante das redes sociais tem sofrido pressão de seus acionistas em Wall Street para inovar e criar novos recursos. Isso porque, no primeiro trimestre desse ano, o serviço chegou a registrar um prejuízo líquido de 162,3 milhões de dólares. Para reverter o problema, a companhia apostou na compra do Periscope, app para transmissão de vídeo em tempo real que concorre com o Meerkat.

Ambos os sites, Recode e BI, tentaram contato com as duas empresas envolvidas – que, aliás, são parceiras em diferentes iniciativas. No entanto, elas ainda não disseram nada a respeito.

Acompanhe tudo sobre:AppsEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetFusões e AquisiçõesINFOInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble