Tecnologia

TSE libera campanha eleitoral pelo Twitter

De acordo com ministro Toffolo, as mensagens postadas no Twitter são conversas restritas entre usuários previamente aceitos entre si

twitter (Getty Images)

twitter (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 16h37.

São Paulo - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou na quinta-feira, 12, a campanha eleitoral pelo Twitter. Por 5 votos a 2, os ministros derrubaram uma decisão da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte que tinha multado o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) por propaganda eleitoral antecipada na rede social.

"Não há que falar em propaganda eleitoral realizada por meio de Twitter, uma vez que essa rede social não leva ao conhecimento geral e indeterminado as manifestações nela divulgadas", afirmou o relator Dias Toffoli. De acordo com o ministro, as mensagens postadas são conversas restritas entre usuários previamente aceitos entre si.

Até quinta-feira, o entendimento do TSE era contrário à liberação da propaganda no Twitter antes de julho do ano eleitoral. Em 2011, Toffoli defendeu o uso livre da ferramenta. "Estamos aqui a proferir um voto que é arcaico. É arcaico pelos meios de comunicação que hoje se colocam à disposição das pessoas, que não é mais telefone, não é mais carta, não é mais telegrama. Os meios de comunicação são esses: as redes sociais", disse.

Naquele julgamento, o ministro acrescentou que as mensagens postadas no Twitter podem ser comparadas a conversas por telefone. "O Twitter não é propaganda. O Twitter é aquilo que podemos chamar de cochicho. É uma pessoa cochichando com a outra", comparou o ministro.

Nesta quinta-feira, 4 dos 6 colegas atuais de Toffoli no TSE concordaram com ele. "Nesse caso, é uma comunicação restrita, fechada e que não implica no meio de comunicação que é amplamente acessível. O destinatário só recebe se quiser", disse o ministro Castro Meira.

A ministra Luciana Lóssio observou que, em se tratando de Twitter, só recebe mensagem "quem vai atrás da informação". O ministro Admar Gonzaga afirmou que o Twitter difere de uma propaganda feita por spam. "Aí estou sendo invadido na minha privacidade. Eu não autorizei, não forneci o meu e-mail e sou chateado diariamente com propagandas, muitas desagradáveis", disse.

"Para mim, (o Twitter) é apenas uma mesa de bar virtual", acrescentou a presidente do TSE, Cármen Lúcia. Ela ressaltou que seria impossível controlar as mensagens trocadas pelo Twitter. "É uma guerra previamente perdida", concluiu.

O recurso julgado pelo TSE foi proposto pelo deputado Rogério Marinho. Ele foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de postar em junho de 2012 no Twitter mensagens de lideranças políticas do Estado favoráveis à sua pré-candidatura à prefeitura de Natal.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetGovernoINFOInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble